Como forma de contribuir para a formação de pessoas na área de comunicação através de Libras-Língua Brasileira de Sinais, a Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL de Iguatu apoia a realização de um curso introdutório para colaboradores do comércio. O objetivo é diminuir os grandes ‘abismos’ sociais entre os deficientes auditivos e os trabalhadores do comércio na hora de uma operação de compra, venda, pagamento ou aquisição de serviço.
O treinamento acontece na sala de cursos da CDL e tem a duração de 25 dias com uma carga horária de 40h direcionado para iniciantes e principalmente comerciários, suprindo a grande carência de profissionais no mercado com habilidade para se comunicar usando a linguagem de sinais.
Os deficientes auditivos são clientes do comércio, contribuintes de tributos, votam e trabalham. Cidadãos economicamente ativos, mas enfrentam sérias limitações quando precisam suprir suas necessidades por causa da carência em se comunicar usando a única e mais acessível ferramenta, a Libras-Língua Brasileira de Sinais.
O conteúdo do curso inclui noções básicas introduzindo conhecimentos de como fazer abordagem em casos de identificação sobre compra de produtos ou serviços, considerados atualmente as maiores dificuldades na comunicação entre os deficientes e os atendentes do comércio.
É a primeira vez que um grupo de colaboradores do comércio participa de um curso desta natureza usando as dependências da CDL. As empresas associadas da entidade enviaram seus colaboradores e estão arcando apenas com parte dos custos, já que o curso é iniciativa de duas professoras da área de Libras, que firmaram a parceria com a entidade.
A ausência de pessoas com habilidade em Libras no comércio gera transtornos e constrangimentos para quem está trabalhando nos atendimentos, ou para os cidadãos que têm deficiência auditiva e vão em busca de produtos ou serviços nos diversos estabelecimentos locais. Fora do comércio as situações mais críticas são percebidas nos serviços de saúde incluindo postos de saúde, hospitais e farmácias.
Nas rodoviárias, aeroportos onde os deficientes buscam bilhetes de passagem, também é difícil a comunicação. Nos postos de combustíveis a comunicação entre surdos e frentistas ainda é deficiente.
O presidente da CDL, Francisco José Mota Luciano ‘Dedé Duquesa’, afirmou que a carência de pessoas com habilidade na área de comunicação através de Libras é muito grande. Segundo o líder lojista, a CDL está cooperando na realização do curso cedendo suas instalações e uma miniestrutura, para que o treinamento ocorra. “Quando fomos procurados pela professora, para firmarmos a parceria percebemos a importância de ofertar esse treinamento visando diminuir um pouco este grande abismo social entre os que podem e os que ainda não dominam a comunicação por Libras”, frisou.
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