A Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL de Iguatu e o Sindilojas-Sindicato dos Empregadores em Comércio e Serviços, divulgaram nota com manifesto dessas entidades e seus representantes se posicionando contra a eventual prorrogação do lockdown no comércio de Iguatu. A nota está assinada pelo presidente da CDL, Francisco José Mota Luciano, ‘Dedé Duquesa’, e do Sindilojas, Carlos Tadeu Rodrigues Rolim, mas com apoio maciço dos empresários e lojistas da cidade.
Desde o primeiro ‘lockdown’ no ano passado, quando o comércio de Iguatu ficou fechado por 120 dias, que os empresários e lojistas já se manifestavam contra esta medida expressando o desejo de que as medidas restritivas dos decretos e protocolos do governo, fossem cumpridos, mas que os estabelecimentos comerciais permanecessem funcionando.
Francisco José Mota Luciano ‘Dedé Duquesa’, que dirige a CDL disse à reportagem que o comércio não pode mais ser penalizado por causa da pandemia e que há equívocos em relação ao fechamento dos estabelecimentos comerciais visando frear o avanço do coronavírus. Na visão do líder lojista as transmissões e contaminações se dão por outros fatores, não porque os estabelecimentos estão funcionando. Basta ver que em 2020 o comércio ficou fechado por 04 meses, durante o lockdouwn e nem assim as transmissões e contaminações cessaram.
O presidente Dedé Duquesa lembrou que a medida do Governo do Estado em decretar ‘lockdown’ no Estado também é distonante da realidade. O empresário não é contra o Decreto do governo, mas ele e os demais empresários e lojistas defendem que as medidas de ‘isolamente rígido’, poderiam ser tomadas, observando a realidade de cada região do Estado. Na visão das lideranças lojistas, da maneira como está sendo feito, todos estão sendo convidados a ‘pagar a conta’, quando nem todos são devedores. Em outras palavras, as medidas restritivas para Iguatu (cidade polo do Centro-Sul), deveriam ser diferentes, das medidas para Fortaleza e região Metropolitana, assim também como as medidas para Juazeiro, no Cariri, Sobral (região Norte) e assim por diante. “Esse é um manifesto, não somente meu, como representante da CDL, mas principalmente dos comerciantes, que estão angustiados com esta situação que se repete em nossa região”, afirmou. O presidente Dedé Duquesa defende que as medidas de segurança e prevenção sejam respeitadas, contudo o comércio permaneça funcionando, para evitar que mais empresas do município sejam afetadas tendo que encerrar atividades, gerando ainda mais desemprego.
Carlos Tadeu Rodrigues Rolim, presidente do Sindilojas também foi procurado pela reportagem para falar sobre o assunto. De acordo com Tadeu, as lideranças das entidades estão se manifestando em defesa do varejo local, maior gerador de empregos, que vem sendo seriamente afetado pelos episódios dos ‘lockdouwns’. “Nos posicionamos contra esse lockdown, porque entendemos que ele não é a solução para barrar transmissão do vírus e o desejo de todos os empresários é permanecer com suas lojas abertas, para pagar seus funcionários, honrar seus tributos, seus encargos e fazer a economia girar”, disse Tadeu.
De acordo com o presidente do Sindilojas o comércio precisa funcionar, pois dele depende a geração da maioria dos empregos formais no município. Ele defende o funcionamento respeitando as medidas de prevenção, segurança e saúde, conforme o que está previsto nos protocolos do Governo do Estado e do município, com o distanciamento entre pessoas, uso da máscara, lavar as mãos com água e sabão e uso do álcool em gel. “O comércio não pode ficar fechado, nem que seja estipulado um horário reduzido, mas que ele funcione; do contrário a situação econômica tende a se agravar”, afirmou. Carlos Tadeu também defendeu que o Governo do Estado reveja o ‘lockdown’ total, em nível de estado, que isto seja feito, mas adequando a medida a realidade de cada região.
Confira o teor na íntegra da nota das entidades, CDL e Sindilojas
O Sindicato Lojista de Iguatu e a CDL-Iguatu manifestam aos governos do Estado e Municipal a preocupação dos nossos filiados com o potencial fechamento das atividades econômicas locais. Não há nenhuma contradição entre a manutenção da atividade comercial e a proteção à saúde das pessoas, visto que todos os protocolos de higiene e distanciamento são respeitados, especialmente no que se refere a evitar aglomerações. Ressalte-se ainda a importância da análise de cada município/região no combate à pandemia não sendo razoável ao chefe do Executivo Estadual adotar medidas idênticas para situações distintas em todo o Estado do Ceará. Nesta oportunidade o Sindilojas Iguatu e a CDL-Iguatu apelam aos gestores que as medidas adotadas atualmente não sejam prorrogadas. O comércio não aguenta mais pagar a conta da pandemia.
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