José Hilton Montenegro
“Quem abre uma escola fecha uma prisão”
Victor Hugo
O educador Anísio Teixeira assim se expressou: “Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra”. A determinação da CNEC de cerrar as portas do Colégio Ruy Barbosa nos deixou pesarosos por muitas pessoas que foram tolhidas ao conhecimento, à cultura e ao saber.
Neste momento triste e trágico, involuntariamente, surgem as imagens e as recordações dos anos em que fomos alunos do Centro Educacional Ruy Barbosa. Primeiramente nos vem à mente o baluarte, o austero, o digno e querido diretor, de saudosíssima memória, Dr. Edson Luiz Cavalcante de Gouvêa. Homem vocacionado, por quase cinquenta anos, incansavelmente, cedeu o máximo de si em prol desse estabelecimento de ensino, em prol da educação e da cultura de Iguatu e de toda a Região Centro-Sul do Ceará. Além de educador de escol, era um exímio administrador escolar. Com atitudes firmes e denodo, imprimiu uma educação formal de qualidade que, ao longo dos anos, formou cidadãos e cidadãs norteados nos preceitos intelectuais e morais. Depois de lembrarmos do nosso grande mestre, com saudosismo, surgem na retina os professores que, com competência, com paciência, com conhecimento e com abnegação nos ajudaram a trilhar o caminho do saber; os funcionários, do mais humilde ao mais graduado, todos disponíveis e afáveis para melhor informar e atender a demanda dos intrépidos e dóceis alunos; os colegas que tivemos e os inúmeros amigos que fizemos. Quanta saudade!
Com esse ato da CNEC de encerrar as atividades educacionais do Centro Educacional Ruy Barbosa, surge o sentimento de que estamos perdendo um ente querido, parece que estão tirando parte da nossa identidade. Triste! Muito triste! Essa decisão infeliz afetará, sobremodo, o sistema educacional de Iguatu e causará enorme prejuízo à sociedade.
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