Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
A chegada de novas vacinas contra a Covid-19 no meio de semana retomou a campanha em vários municípios cearenses, onde o fim das doses já tinha provocado a paralisação na vacinação do grupo prioritário: idosos acima de 75 anos e profissionais de saúde.
Na quarta-feira, dia 24 de fevereiro, chegaram 80.500 novas doses da vacina AstraZeneca/Oxford e 49.200 doses da CoronaVac, totalizando assim 129.700 doses de vacinas para o Estado.
Após a chegada das vacinas, o lote imediatamente seguiu para a distribuição aos municípios cearenses para dar continuidade à vacinação. As doses foram levadas via transporte aéreo e terrestre para as 22 áreas descentralizadas de saúde e de lá seguiram para as secretarias municipais de Saúde, responsáveis pela aplicação dos imunizantes. Há uma quantidade reservada para cada município.
O governador Camilo Santana diz estar empenhado em comprar diretamente doses de outros laboratórios, já que o Ministério da Saúde tem mostrado lentidão nas negociações de novas doses. “Informo aos cearenses que enviamos ofício para a Pfizer; assinamos memorando de entendimento com o Instituto Butantan; temos conversado constantemente com a Fiocruz; e feito contato com laboratórios chineses que têm produzido o imunizante. Além disso, por meio do Consórcio Nordeste, estamos em tratativas com o fabricante da vacina Sputnik, da Rússia”, explicou o governador do Ceará.
Calamidade pública
Devido ao agravamento da Covid-19 no Ceará, os deputados estaduais analisaram, nesta quinta-feira, dia 25, o pedido de decreto de calamidade pública de mais sete municípios do Estado: Salitre, Araripe, Ipaumirim, Boa Viagem, Aiuaba, Mauriti e Forquilha. Com a decretação de calamidade, os municípios não precisam seguir prazos de prestação de contas e limites de gastos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na semana passada, os parlamentares prorrogaram o decreto de calamidade pública de Fortaleza por mais seis meses, e de outros seis municípios cearenses: Antonina do Norte, Cariús, Catunda, Ibiapina, Jaguaretama, Jucás, Maracanaú, Santana do Acaraú e Tarrafas, até 30 de junho de 2021.
Em meio ao crescimento de casos, dois municípios no interior do Ceará resolveram endurecer as restrições sanitárias para enfrentar o aumento de casos e mortes por Covid-19. As prefeituras de Mombaça e Santa Quitéria decretaram o lockdown para restringir a circulação de pessoas no município e, assim, inibir a transmissão do coronavírus.
Mombaça foi o primeiro município do estado a decretar as medidas mais restritivas. O prefeito Orlando Filho anunciou que o lockdown vale desta quinta-feira, dia 25 de fevereiro, até o próximo domingo, dia 28. Em Santa Quitéria, o prefeito José Braga Barrozo determinou a medida radical até 4 de março.
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