Quase como um fenômeno climático, chove há quase 8 meses, no sertão. Desde o primeiro mês do ano (janeiro) até o atual (agosto) só não choveu no mês de julho. Entre esses, houve o mês com o maior volume pluviométrico que foi março com 677mm. Até então, o mês de janeiro era o mais chovido com 384mm, mas em seguida chegou abril com 334mm. Dados do escritório da Ematerce revelam que no acumulado de janeiro a junho foram 1.894mm, uma média histórica que significa o dobro da quantidade de milímetros chovida numa estação de inverno, aqui na região.
Chover por um período tão longo, com registros de pluviometria mês a mês, é considerado raridade na literatura do clima. Mas a chuva chegou num momento crucial, quando começava a engrossar o caldo do calor típico do 8º mês do ano. Os meteorologistas comentam que ainda estamos sob o efeito do fenômeno La niña, que resfria as águas do Oceano Pacífico, vindo influenciar aqui no Brasil, por causa das massas de ar frio que vêm de lá e se fundem com as ondas de calor de parte do Brasil, fazendo as chuvas cobrirem áreas enormes em extensão, inclusive no Nordeste.
Região
As chuvas caídas de terça-feira, 02, para quarta-feira, 03, e de quarta para quinta-feira, 04, confirmam o fenômeno. Na quarta à tarde, no centro de Iguatu, o clima era como se fosse em pleno período de inverno, mas era uma quarta-feira, 04 de agosto. As pessoas faziam expressão de surpresa, pela chuva e naquela tarde, apesar do tempo estar para chuva, desde a manhã, poucos saíram de casa levando guarda-chuva. Os registros do pluviômetro do escritório da Ematerce marcaram 29mm na quinta e 3mm nesta sexta, 05 perfazendo 32mm e chuva em pleno agosto. Houve registro também na zona rural de Iguatu e nos municípios da região.
O mais curioso é que a chuva não foi apenas em Iguatu. Chegaram até a nossa redação registros de precipitações pluviométricas nos municípios de Acopiara, Quixelô, Jaguaribe, Orós.
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