O último mês da quadra chuvosa terminou com um volume abaixo da média histórica esperada para maio em Iguatu. O percentual ficou -35% do que historicamente o período apresentava. Na sede do município, foram observados 58mm, quando o normal era 91mm. O volume das precipitações foi espaçado e com longos períodos de intervalos em elas. Dos 31 dias, foram contabilizadas chuvas em seis dias.
Conforme dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME, Iguatu ficou com a média superior à observada em dois dos quatro meses – fevereiro a maio – da quadra invernosa. Março foi o período que registrou o maior volume com 212mm, ficando 3% acima das chuvas previstas para o mês. Mas em percentual, fevereiro ficou à frente com 23% acima.
A quadra chuvosa influenciou o cenário hídrico de Iguatu. O açude Carlos Roberto Costa – Trussu atingiu 58% da capacidade máxima, número só visto em 2013. O açude começou fevereiro com 36% de reserva.
Ceará
A quadra chuvosa de 2023 no Ceará terminou em torno da média, de acordo com a FUNCEME. De fevereiro a maio deste ano, choveu 643,3 milímetros. Esse acumulado fica na frente do ano passado quando registrou 621,3 milímetros. A média para o período é 600,7 milímetros. O resultado é o mais satisfatório dos últimos três anos. O bom resultado já havia sido previsto pela FUNCEME, já que o órgão indicava 40% de probabilidade para chuvas em torno da normalidade; havia ainda 40% de chance de ficar acima dela, ou 20% abaixo.
Açudes
Com as boas chuvas, a situação hídrica no estado acumulou a maior reserva hídrica dos últimos 10 anos, de acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH. Hoje, os açudes do Ceará possuem 51% do acumulado. O aporte dos quatro maiores açudes do estado é positivo e a melhor dos últimos anos. O Castanhão está com 31,85% da capacidade. O Orós está com 67,43%, e o Banabuiú se encontra com 41,84%.
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