“Uma Nação consciente, é o maior medo de um Governo mal intencionado“. – Ivan Santana
“Eu sou cidadão. Eu pago imposto”
Algo “matutava” na minha cabeça esses dias e resolvi introduzir a coluna Ciência com Café no campo da Ciência Social/Política. E me pus a pensar sobre a diferença entre os brasileiros e os norte-americanos em relação à construção da sociedade como um todo – fundamentada em alguns elementos centrais da democracia e da liberdade –, por exemplo, se um brasileiro e um norte-americano estiverem num confronto (Deus nos livre que seja um confronto em uma guerra, coitados dos norte-americanos), o diálogo que travam tem um quê de insano, porque enquanto o brasileiro diz “Você sabe com quem está falando?”, o norte-americano pergunta “Quem você pensa que você é?”. Esse tipo de relação é um confronto político em relação a formações nacionais, de história. O brasileiro se coloca na condição de beneficiário do Estado. Já o norte-americano, quando confrontado com um agente do Estado (alguém do governo, por exemplo), ele declara: “Eu sou cidadão. Eu pago imposto”.
Pois bem, nós brasileiros começamos a utilizar essa frase nos últimos anos, mas até pouco tempo atrás essa ideia não nos era familiar no Brasil. Até já me perguntaram aqui nos Estados Unidos: “Por que vocês no Brasil não têm segurança ou infraestrutura de qualidade já que pagam tantos impostos?”. De fato, é uma “dolorosa interrogação”. Ciência com Café traz inteligentes sugestões de grandiosos iguatuenses para melhorar a cidade de Iguatu em alguns aspectos, fazendo uso do dinheiro gerado pelos impostos. Aqueles que sonham com as cadeiras do Legislativo e do Executivo, esse escritor está dando o direito de copiar e colar para o seu plano de candidatura. Peço que não fique apenas no papel!
Agricultura
Perguntei a Paula Viana, que é iguatuense, professora universitária, doutora (que tem doutorado) e mestre em engenharia agrícola, qual a sugestão dela no âmbito da agricultura, autônomos e etc. Paula Viana sugere cadastrar produtores rurais, artesãos, autônomos e garantir a entrega de seus respectivos produtos por meio de delivery, fazendo uso dos moto-taxistas da região. É uma ideia bastante interessante, fácil e viável de ser executada, atingindo diferentes ramos do mercado.
Infraestrutura
Em relação à infraestrutura, Elion Silva, que é um iguatuense de coração, professor do ensino médio e superior, doutor (também que tem doutorado) em Ensino e História da Matemática e da Física, traz diversas sugestões para melhoria da mobilidade urbana da Terra da Telha. Uma delas é o incentivo à fomentação da bicicleta como meio de transporte individual. Isso diminuirá a poluição. Diminuirá o fluxo de veículos. Obviamente que é preciso investir na criação de ciclovias bem pavimentadas e sinalizadas. Trata-se de uma mudança cultural, mas é viável e longe de ser impossível. Bem como, o planeta Terra agradece! Ainda segundo Elion Silva, Iguatu urge por um transporte público coletivo. Inicialmente, ônibus e vans interligando os bairros de Iguatu. A população mais pobre empenha cerca de 50% de seus salários para comprar motocicletas e ainda as conduzem sem habilitação e sem documentação em dias, porque não podem suprir inúmeras taxas, mas precisam se deslocar.
E lá vai o meu “pitaco”!
Minha sugestão é que o município suporte uma seletividade do lixo; aquele cidadão/empresa que separar o lixo biológico do reciclável, teria uma redução do seu Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o que, implicaria diretamente: (1) na melhoria do trabalho dos catadores de lixo, surgindo cooperativas e sociedades organizadas; (2) na conscientização ambiental como um todo e na (3) organização sanitária. Tudo isso Caro (a) Leitor (a), não é utopia, isso são ideias possíveis oriundas de mentes iguatuenses, olhando para o bem-estar da sociedade. É preciso escutar mais os cérebros da nossa terra!
Iguatuense, formação em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica pela UFCG e Yonsei University, Coreia do Sul – Engenheiro Eletrônico da Freehand Engineering, EUA
0 comentários