Na quarta-feira, 03, a prefeitura de Iguatu anunciou a transferência de 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) que estavam sendo usados para atender exclusivamente quadros graves de Covid-19 para o atendimento de pacientes com outras doenças.
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a queda no número das internações, a Secretaria da Saúde começou a desmobilizar leitos dedicados à doença, de enfermaria e de UTI, da rede municipal no Hospital Regional de Iguatu. A informação foi confirmada pelo próprio gestor da cidade, Ednaldo Lavor (PSD), em pronunciamento nas redes sociais.
A desmobilização dos leitos não significa que não haverá atendimento de acometidos com a doença. O Hospital e Maternidade Agenor Araújo será a unidade linha de frente para receber os acometidos com coronavírus em estágio agravado. Segundo o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, o processo ocorreu de forma cautelosa e só foi possível devido ao avanço da vacinação.
Os 10 leitos foram reorganizados e a mudança começa nos próximos dias. Além da preparação do ambiente, a área está sendo higienizada e os servidores e pacientes que irão para a nova UTI estão sendo testados.
O Hospital Regional de Iguatu atende diariamente pacientes de nove municípios da região (Acopiara, Cariús, Catarina, Deputado Irapuan Pinheiro, Jucás, Mombaça, Piquet Carneiro, Quixelô e Saboeiro), além dos moradores de Iguatu, na Região Centro-Sul. A média de atendimento ao ano é de 150 mil pacientes. A unidade serve à população do Centro-Sul há 26 anos e pela primeira vez na história ofertará serviços de alta complexidade para população adulta. “Vamos evitar transferências para outros centros de pacientes acometidos com infarto, AVC, ou infecção. Teremos condição de tratar os doentes como eles merecem”, afirmou o médico e coordenador da UTI, Aquiles Vilar.
Conforme o prefeito, houve nos últimos meses uma articulação do município junto ao estado e Ministério da Saúde para regulação e custeio dos leitos. “Havia essa incerteza que pareou nos últimos dias, mas houve a sensibilização para que ocorresse a permanência dessa frente de serviço que impactará na vida e sobrevida de toda uma região. Isso é histórico”, disse Ednaldo.
As autoridades de vigilância em saúde traçam como meta a oferta de serviços de neonatal. “O cenário hoje permite que possamos pensar, com toda cautela, a reversão dos leitos de maneira gradativa e estudada. Vamos tentar colaborar para que num futuro próximo tenhamos mais leitos. Reunimos com toda a equipe de regulação e estruturação dos leitos para pensarmos juntos a proporção de leitos de UTI Covid que podem ser transformados em UTI geral. Esse é um passo muito importante para a saúde do município, visto que a pandemia não acabou e ao mesmo tempo existe uma demanda por leitos não-Covid”, disse Fernando Wilson Fernandes, secretário de saúde de Iguatu.
Saiba mais
As UTIs se destinam ao cuidado intensivo dos pacientes mais graves, com necessidade de grande vigilância clínica ou suporte aos órgãos que estejam com funcionamento prejudicado, como por exemplo, ventilação mecânica, necessidade de drogas para manter pressão arterial, etc. Uma equipe multiprofissional emprega vários equipamentos e medicamentos sofisticados com o intuito de corrigir ou remediar situações que ameaçam a vida. Ao mesmo tempo, um sistema completo de vigilância acompanha de modos ininterruptos diversos parâmetros biológicos importantes para orientar o tratamento e detectar imediatamente complicações indesejadas.
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