Na manhã de ontem, sexta-feira, 21, 14 famílias da comunidade cigana do distrito de São Pedro do Norte, em Jucás, receberam alimentos e kits de limpeza e higiene doados por meio do projeto Mesa Brasil do Sesc.
De acordo com Rogério Ribeiro, presidente do Instituto Cigano do Brasil, a situação dessas famílias já era difícil e piorou diante da pandemia provocada pelo novo coronavírus. A ideia também é sensibilizar autoridades e a população para que olhem e ajudem essas comunidades tradicionais espalhadas pelo país, principalmente na Região Nordeste, que acabam sendo as mais afetadas. “Nossas comunidades ciganas do interior cearense dependem de distribuição de cestas básicas de alimentação e produtos de higiene para amenizar as dificuldades causadas por essa pandemia. A gente vê que falta política pública específica para os povos ciganos, quilombolas, de terreiros”, observou Ribeiro, apontando que a maioria dos ciganos não conseguiu receber o auxílio emergencial do Governo Federal. “Muitas pessoas que precisam, não só povo cigano, ficou de fora, enquanto outros sem necessidade conseguiram se cadastrar e receber o benefício”, desabafou.
Ciganos no Ceará
De acordo com dados do ICB, no Ceará há comunidades ciganas aqui na Região Centro-Sul, essa de Jucás e outra na zona rural de Acopiara com 17 famílias. Há também em Pindoretama, no litoral cearense, são 30 famílias. Na capital cearense são 50. O maior núcleo está concentrado em Sobral, na região Norte, no bairro Sumaré, com 108 famílias. “Precisamos da solidariedade de empresas, instituições para aliviar as dificuldades de nossa gente”, pontuou Rogério Ribeiro. “Defendemos políticas públicas específicas para as populações tradicionais”.
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