A Conferência da Cultural aconteceu ontem, sexta-feira, 06. O encontro reuniu artistas, gestores culturais, entre outros segmentos envolvidos de forma direta ou indiretamente do fazer cultura, além de convidados, representantes da sociedade civil e autoridades que participaram do terceiro encontro realizado em Iguatu, na Secretaria da Assistência Social, no bairro Joaquim Távora.

De acordo com a secretária executiva da Cultura, Cristiana Antunes, o momento de estar reunido com a sociedade civil e fazedores de cultura dentro de um debate voltado para o desenvolvimento e fortalecimento da cultura municipal foi proveitoso e muito importante. “Estivemos reunidos nessa conferência, com fazedores de cultura, com artistas, com a sociedade civil justamente para discutir as perspectivas, os avanços e as necessidades das nossas políticas públicas do fomento da política pública cultural. Durante o encontro, discutimos quatro eixos diferentes, e foram apresentadas propostas para o nosso município, para nosso Estado e para a União. Dentro desse debate que iremos construir a cultura que nós esperamos”, afirmou a gestora.

Cristiana destacou ainda que, apesar das dificuldades enfrentadas com a pandemia, a cultura segue caminhando mesmo com muitas dificuldades. “As dificuldades continuam, mas vamos continuar lutando para uma cultura que queremos, que desejamos. E o Conselho Municipal de Cultura e a Prefeitura, que são os realizadores dessa conferência, estão com esse intuito de ouvir o que foi apresentado, proposto porque se faz necessário ouvir para planejar o que nós temos para nossa cultura”, ressaltou.

Efetividade

Na oportunidade foram formados diferentes grupos de trabalho que apresentaram propostas para desenvolvimento e fortalecimento da cultura local, como o fortalecimento e planejamento do calendário cultural, melhorias, revitalização de espaços e equipamentos culturais, além da valorização das classes artísticas. As propostas foram discutidas com foco nas conferências estadual e nacional, com as diversas temáticas voltadas para o setor. “Eu acho um instrumento bastante importante para implementação e afirmação das políticas públicas municipais. Mas, que além, muito além de uma conferência, é que essas políticas públicas realmente aconteçam. Que sejam efetivas na constituição do fomento, da fruição, da formação, e do desenvolvimento da cultura local. É público e notório que, infelizmente, Iguatu não é uma cidade em que existam políticas públicas muito definidas, delineadas para poder desenvolver o lado artístico e cultural dos seus munícipes. Infelizmente falta, deixa a desejar. Então que realmente, o que foi discutido, desenhado nessa conferência possa estar ocorrendo na sua efetividade, na realidade. E que aquilo que é tão bonito, colocado no papel de fato, possa acontecer na realidade, que possa se concretizar na sua realidade, no dia a dia dos artistas, dos fazedores de cultura de Iguatu”, ponderou o encenador José Filho, membro da Cia Ortaet de Teatro.

Para muitos artistas é necessário ainda mais o envolvimento da sociedade, quando a cultura deve ser fomentada por todos. “A gente espera que as discussões da conferência sejam levadas para fora. Que a sociedade civil seja convocada e articulada e que as propostas que foram colocadas a partir dos eixos discutidos sejam levadas em consideração e também vistas pelo poder público para que a discussão sobre o sistema municipal de cultura sobre tudo possa caminhar”, destacou Carlê Rodrigues, contadora de histórias.