Construtores e entidades discutem Minha Casa Minha

25/05/2019

Representantes da indústria da construção civil, de movimentos sociais e parlamentares defenderam na quarta-feira, 22, a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do Governo Federal, através de audiência pública na Câmara Municipal de Iguatu (CMI). O argumento é que o programa é fundamental na geração de emprego e renda e na construção de moradias dignas para a população mais pobre.

A defesa foi uma reação ao anúncio de que o governo não tem dinheiro para tocar o programa a partir de julho. Os participantes da audiência desta quarta argumentaram que o MCMV mobilizou municípios, que adquiriram terrenos para viabilizar projetos de habitação social, e todo um setor de produção de projetos, além de famílias que buscam moradias.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará – Sinduscon esteve presente. Foi reforçada a ideia de que o setor da construção civil é o mais capaz de mudar o quadro de desemprego local. “Estivemos discutindo o assunto junto de ministros no Rio de Janeiro. As expectativas foram maravilhosas. Foi deixado bem claro que não vai acabar o projeto Minha Casa Minha Vida. Acredito que o governo vai consertar todos os problemas que estão tendo. A gente acredita que a nossa cidade vai despontar de novo. Mesmo com todas as dificuldades, ainda somos líder na construção através de financiamento. O que temos que fazer mesmo é esperar um pouco mais, lutar e nos reunirmos para mostrarmos alternativa para que a cidade supere os problemas”, disse o diretor da regional de Iguatu, Kaoma Pereira.

1.200 empregos

As dificuldades de financiamento do programa começaram entre 2014 e 2015, juntamente com a atual crise política e econômica como afirma a Associação dos Construtores do Centro Sul do Ceará. “A gente está realmente um pouco na marcha mais lenta, construindo menos unidades, porque a gente está esperando ver como se desenrolará esse cenário na questão de mais aporte de verba para essa categoria, pois nós sabemos que o país está no momento de recessão financeira, de ajustes fiscais realmente” afirmou José Eliângelo.

Conforme as entidades, a construção civil, Iguatu gera no setor pelo menos 1.200 empregos diretos. Uma eventual interrupção do programa afetaria diretamente a economia local.

Demandas

Como encaminhamento, a sessão deve acionar os representantes votados em Iguatu no Senado e Câmara Federal. A mesa diretora avalia como positiva as discussões na casa, conforme Rubenildo Cadeira (PRB). “O novo governo assumiu e existe muita dúvida e pendência em relação ao programa. Aqui foi momento de externarmos isso. Extraímos daqui as demandas que vamos sugerir aos nossos representantes, deputados estaduais federais e senadores que possam levar ao conhecimento do Governo Federal a necessidade da categoria da construção civil, que tem avançado e tem trazido grandes benefícios para o nosso município”, disse.

Além da audiência foram votados projetos de convênios com associação culturais juninas e incentivo de auxílio-alimentação aos Servidores do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).

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