A suspensão há 60 dias de recursos do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) afeta profissionais da construção civil, em Iguatu. Preocupados com o quadro atual, os mais variados setores se organizaram em mobilização realizada em frente à agência da Caixa Econômica Federal na quinta-feira, 05. Pedreiros, serventes, pintores, corretores de imóveis, imobiliárias, lojistas de material de construção, segmentos do mercado imobiliário e instituições como o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI), Conselho Regional de Engenharia (CREA) e Rotary participaram da mobilização.
O Sindicato da Construção Civil (SINDUSCON) por meio da diretoria regional e a Associação dos Construtores da Região Centro-Sul esteve mobilizado na articulação da ampla paralisação e protesto. Dezenas de caminhões e máquinas interditaram por quatro horas a Avenida Floriano Peixoto, no centro. Os manifestantes carregando faixas, cartazes e fazendo apitaços relataram a dificuldade para liberação de crédito.
Impacto
Estima-se que com os dias em inatividade deixou de circular na cidade em média de R$ 10 mi. De maneira direta, conforme as duas entidades representativas, uma leva de 6 mil profissionais estão ligados diretamente ao setor. “Tinha 100 profissionais ligados na minha empresa. Já me desliguei de 60 deles e percebemos que se continuar assim teremos milhares de pessoas desempregadas”, avaliou Kaoma Pereira, presidente da SINDUSCON Centro-Sul.
Outro setor da cadeia produtiva, os caçambeiros já sentem os impactos. “Tinha três caminhões tudo parado. Já coloquei um deles pra vender poqur não tenho condições de manter. Espero que o governo se sensibilize”, afirmou Marcos Antônio Souza.
Comitiva
Em 30 de janeiro passado, construtores também promoveram manifestação em frente à agência da Caixa Econômica Federal.
Na próxima terça feira-feira, 10, está prevista a ida de uma comitiva a Brasília reivindicar junto ao Congresso Nacional a volta dos financiamentos. “Vamos juntos com o prefeito Ednaldo que se mostrou sensibilizado com a situação. Pretendemos procurar os representantes e somar forças. Hoje o maior gerador de emprego da cidade é a construção civil. Caso não tenhamos respostas, a ideia é continuar com as manifestações”, afirmou Eliangelo Silva, representante da Associação dos Construtores da Região Centro-Sul.
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