Aos sábados bem cedinho, com o dia ainda escuro, já tem gente comprando produtos na banca da família do produtor rural Ednaldo Barros, montada na feira-livre, próximo ao Largo da Telha, no centro de Iguatu.
A procura pelos produtos sem adição de agrotóxicos é bem disputada. “Para mim, é até uma terapia, todo sábado, por volta das 4h, 4h30 da manhã, estou aqui na feira, venho direto comprar mamão, alface e a couve-manteiga. Depois que comecei a comprar aqui com Ednaldo, esse produto lá em casa todo mundo já se acostumou, tem uma textura diferente, um sabor mais agradável”, comenta o contabilista Roberto Bezerra.
Com o dia já clareando, os produtos vão diminuindo na banca. De tudo um pouco que é trazido desde o mamão, o coco, cheiro-verde, cana de açúcar, entre outras verduras e hortaliças, tudo é vendido. “As pessoas pedem pra gente trazer outras coisas, mas a alface é a mais procurada. Porque a gente traz pra vender o que a gente consome em casa. Temos outras variedades, mas que não estão produzindo. A gente vende aqui o excedente”, acrescenta Ednaldo Barros, destacando que a feira livre é o canal de comercialização que a família do agricultor encontrou para vender o que produz.
Ednaldo consegue rentabilidade significativa ao final da feira, que chega em média a R$ 600,00, renda que a família não tinha. “A gente vende para mercantis e supermercado de Iguatu, além de para alguns compradores que compram direto dos canteiros. A venda na feira ajuda a pagar as pessoas que ajudam a gente no sítio. O nosso foco aqui nunca foi a produção para comercialização em si, mas vender o que a gente come em casa, ofertar produtos com qualidade ”, destaca.
Qualidade de vida
Além de gerar rentabilidade aos agricultores, a comercialização na feira livre proporciona o acesso das pessoas a alimentos frescos mais saudáveis. A servidora pública Tânia Araújo se tornou uma consumidora assídua de produtos naturais. “Passei a buscar cada vez mais qualidade de vida por meio de uma alimentação saudável. A gente vive num mundo de tanta coisa industrializada, alimentos sem qualidade, desde quando eles passaram a vender aqui, tornei-me uma cliente fiel. Até porque se não chegar aqui, não encontra mais o que a gente quer. Antes de 6 horas da manhã, às vezes vendem tudo”, afirmou Tânia Araújo.
Das dezenas de feirantes que comercializam produtos na feira livre na Avenida Araújo, a família do Ednaldo é a única banca que comercializa o que produz e de forma natural, sem o uso de agrotóxicos. “Os clientes compram e conhecem a procedência do que a gente vende aqui. Estamos com nossa propriedade aberta para mostrar como é nossa produção”, ressaltou Nilma Alves, esposa de Ednaldo Barros.
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