Consumidores estão cautelosos com compras de material escolar

15/01/2022

A operadora de caixa Morbélia Silva aproveitou uma folga do trabalho para comprar o material escolar do filho dela, Davi, de 6 anos de idade. Mas, antes de decidir o que vai levar, primeiro ela disse que tem que pesquisar. Pelo orçamento dela, pretendia gastar até R$ 300,00 comprando somente o necessário. “Nada de coisa de marca, nem cara. A gente procura produtos de qualidade com preço acessível. As coisas estão caras, a gente tem que dar uma pechinchada para comprar apenas o que entra no orçamento. Imagina quem tem mais de um filho em idade escolar, além disso a gente tem que procurar livros de segunda mão, a gente encontra material ainda bom”, declarou.

É o que também pretende fazer a dona de casa Aldineide Alves: comprar apenas o necessário. Mas este ano com o retorno das aulas presenciais, a filha Mirelly vai precisar além de cadernos de outros materiais. “Ano passado com ela em casa, gastei R$ 200,00. Este ano acredito que seja bem mais, porque vai ser comprado praticamente tudo. Por exemplo, mochila ano passado não comprei, esse ano vai ter que comprar. Ainda mais que ela vem morar e estudar aqui no Iguatu, os gastos serão bem maiores na compra do material pra ela. Tem que pesquisar e não deixar comprar o que os filhos querem de imediato, às vezes encontramos o mesmo produto com uma boa diferença de preço. No momento difícil que vive o país, ainda mais com essa doença, temos que economizar, porque infelizmente não sabemos como vai ser o amanhã”, disse.

Mirelly, que já está vacinada com duas doses de imunizante contra a Covid-19, conta os dias para início das aulas. “Minha expectativa está alta. Eu, graças a Deus, quero que as aulas voltem porque eu não me adaptei ao ensino remoto. Na escola a troca de conhecimentos com os colegas, com os professores é bem melhor”, ressaltou a estudante.

Vendas

Diante desse cenário, os lojistas esperam aumento nas vendas nos próximos dias, com o início do ano letivo. “ A pandemia pesou muito no orçamento familiar e consequentemente em vários setores da economia, e esse nosso segmento não foi diferente. Tivemos que os adaptar, reinventar, usar redes sociais, delivery para vender”, destacou Tiago Alves, dono de papelaria, afirmando ainda que embora alguns produtos tiveram alta no preço, o jeito é reduzir a margem de lucro em até 30%, isso para assegurar a venda ao consumidor. “A gente se preparou, montou uma equipe nova. Reorganizamos a loja, trouxemos todas as linhas de novidades de todas as grandes marcas, visando não aumentar o preço, mas segurar o máximo possível, a gente reduziu a margem da gente para que todo mundo consiga comprar seu material escolar”, pontuou o comerciante.

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