Em Iguatu, o litro da gasolina passou a ser comercializado na maioria dos postos de combustíveis a R$ 7,89, um reajuste de R$ 0,30, visto que em média o litro do produto custava R$ 7,59.
Aumento que, segundo consumidores, não lhes pega mais de surpresa. “Surpresa agora é quando baixa. Até que demorou uns dias esse aumento. Barato não está. A gente tem que abastecer porque precisa do transporte para ir ao trabalho. O pior que quando aumenta a gasolina, sobe tudo também. Situação que só complica a vida da gente. O pouco que ganha, mal dá para viver”, lamentou o pedreiro Ivanilson Silva, que disse gastar mais de R$ 200,00 no abastecimento da moto, que utiliza apenas para ir ao trabalho.
O preço de R$ 7,89 é cobrado pelo litro na maioria dos postos, mas encontramos a gasolina mais em conta em um posto na Avenida dos Quixelôs, no bairro Cajueiro, que até a noite de ontem estava custando R$ 7,49. A gerência da unidade afirma que uma das políticas da empresa é sempre manter uma margem de preço abaixo da concorrência. “Por enquanto não há previsão de aumento, pelo contrário, houve uma redução de R$ 0,10 nas bombas. Mesmo com uma margem de lucro pequena, estamos conseguindo vender mais em conta. Somos uma empresa nova na cidade, estamos em um bairro mais distante do centro. A gente procura manter um preço mais baixo para fidelizar nossos clientes. Reclamação existe, mas a gente sempre busca manter preço mais em conta. Quando sobe, não é ruim só para os clientes, é ruim também pra gente”, afirmou Hosana Melo, gerente administrativa.
Necessidade
Na avaliação dos consumidores, o preço cobrado pela gasolina não reflete a realidade econômica da maioria das pessoas. “Pesa no bolso. Gasolina custa caro. A gente tem aluguel pra pagar, comida pra comprar, tem crianças. Mas, infelizmente a gente trabalha no Brasil só pra pagar gasolina. É um absurdo isso que acontece. A gente assiste na televisão que o preço baixou, mas a realidade na bomba é outra. Quando sobe é um absurdo, e se tem alguma redução são poucos centavos. Transporte não é luxo, é uma necessidade. A cidade cresceu e a gente que mora mais longe do centro precisa trabalhar, infelizmente daqui um dia vamos ter que andar a pé”, ponderou o agricultor Antônio Neto.
Diante desse cenário apresentado, donos de postos, gerentes administrativos explicam que o aumento do produto é baseado em política externa em dólar, consequentemente os custos para compra do produto são caros, e o repasse reflete no consumidor final, quando muitas vezes mesmo com aumento na aquisição do combustível, não é repassado de imediato para as bombas. A pandemia da Covid, a alta do dólar e a guerra entre Rússia e Ucrânia, também refletem no aumento dos combustíveis.
0 comentários