Coronavírus, lockdown, a cidade e os cidadãos

04/07/2020

O Lockdown ou medidas de caráter mais restritivos aplicado em Iguatu foi o tema na Tribuna de Opiniões do Jornal A Praça deste sábado, 04. A reportagem buscou as mais variadas opiniões dos iguatuenses que já sentem na pele os efeitos impostos pela pandemia do novo coronavírus. Os entrevistados deixaram suas opiniões e sugestões quanto ao tema mais debatido no decorrer da semana nas redes sociais do próprio veículo. Comente curta e compartilhe nossas notícias.

“Diante do avanço no número de casos confirmados no município, é de extrema importância manter o lockdown para o comércio em geral. No entanto, é preciso reavaliar essa limitação para os estabelecimentos essenciais, principalmente os supermercados e bancos, onde pudemos observar longas filas e muita aglomeração nos dias de abertura. O ideal seria permitir a abertura desses estabelecimentos todos os dias da semana, já que a grande maioria das pessoas também não dispõem de recursos para estocar comida”. –Dayvid Alves, servidor público

“O lockdown na cidade de Iguatu se faz extremamente necessário diante de todo o gráfico exposto de casos confirmados. Temos registros de curas, assim como temos de óbitos, infelizmente. Nossa atual situação, a qual beiramos a marca de 1000 casos confirmados, requer certamente uma tomada de decisão rígida e certeira. O lockdown, que significa confinamento, em sua tradução do inglês, de fato é uma alternativa que pode mostrar resultados positivos na luta contra o covid-19, porém, acima de tudo, devemos utilizar de nossa consciência para segui-lo. Precisamos pensar no próximo sempre, para que seguindo com responsabilidade, renunciando nossa liberdade hoje, possamos comemorar todos juntos a vitória pela vida no dia de amanhã. A consciência leva a obediência e esta, por sua vez, nos faz permanecer no caminho do bem”.- Wesley Menezes, profissional em T.I.

“A necessidade de um isolamento mais rígido era gritante na cidade, tendo em vista o aumento de casos diariamente mostrados pelos boletins epidemiológicos do município. Todavia, a falta de planejamento na aplicação das regras por parte do poder público é que foi um “tiro no pé”. Não tinha necessidade nenhuma de definir horários contrários aos serviços essenciais, seria melhor fiscalizar e multar os locais que apresentassem aglomerações indevidas. Agora com a aplicação dessas regras sem planejamento é nítido ver que teremos um absurdo de casos confirmados nos próximos dias”. –Márcio Silva, microempreendedor

“Assistimos à explosão dos casos em nossa região, e com ela a chegada do caráter de lockdown em nossa cidade. Medida que apoio mediante a atual situação epidemiológica no município, porém ainda não tão compreendida que para sua eficácia, população e poder público devem estar na mesma sintonia, em ações de controle e cumprimento rigoroso das medidas implementadas”. –Felipe Vicente, secretário

“A situação da população do nosso Iguatu com o lockdown ficou muito complicada porque antes de existir o lockdown, as coisas estavam no momento com um certo controle, isso me refiro às filas de banco, padarias, supermercados e outros estabelecimentos que a população necessita ir. Mas, infelizmente, depois desse lockdown pense em uma desorganização e um descontrole na população iguatuense. O risco de se contrair o coronavírus aumentou muito mais, até mesmo quando começou, porque quando estava no começo da pandemia a população tinha mais um controle e não acontecia o aglomerado de gente em filas como estamos vendo agora. Muito desorganizado esse tal de lockdown. Na minha visão não existe lockdown dia sim dia não. Ou fecha de vez ou então deixa como estava”. – Erivan Feitosa, serviços gerais

“O lockdown está sendo um pouco difícil, pois como está sendo em dias alterados, quando é dia de abertura dos pontos determinados ficam lotados, as pessoas não respeitam as regras e aí a proliferação do vírus aumenta cada vez mais e agora que pessoas da linha de frente infectadas o controle de pessoas ficara mais difícil ainda”. –Jucileuda Gonçalves dos Reis, educadora social

“Realmente é preocupante. Eu concordo que o lockdown tem que ser feito. Mas também tem que ver a parte do comércio. Já estamos praticamente quatro meses parados, a economia não está se desenvolvendo. Mas importante pra gente é a vida. Não resta dúvida que foi preciso partir pra esse meio aí. Mas nós temos que ter a consciência que é melhor cada um fazer sua parte. Eu acho que as autoridades estão fazendo isso baseado em dados técnicos. Temos que ver isso também”. –Cláudio Veira, corretor de imóveis

“Eu acho que se cada pessoa tivesse consciência, não precisaria disse não. Porque adianta, quer dizer que hoje, só porque o prefeito disse que era pra abrir o banco, o vírus está dormindo? Não creio nessa medida não. Olha o tanto de gente que desrespeita essas medidas. Aqui na frente é tudo certinho, mas ali pra trás é a maior aglomeração. Falta também conscientização das pessoas”. –Cícera Duarte, dona de casa

“Muita gente na rua. Muita aglomeração. Talvez se a medida deixasse bancos como estavam, supermercados, serviços mesmo essenciais, não tinha virado toda essa situação. Acho que a medida foi errada por isso, mas outro lado é bom porque os casos estão aumentando muito. Mas pelo visto vai aumentar mais, por conta dessa aglomeração de gente nas ruas. Deus queira que isso passe logo”. –Jucileide de Souza, dona de casa

“Por uns pontos são bons, mas a decisão de ter fechado bancos, supermercados, farmácias só vai aumentar. Porque a pessoa que poderia ter por exemplo tirado o dinheiro em qualquer dia, tem que vir para uma fila dessas sem fim. Só aumenta a aglomeração de pessoas nas ruas. Junta todo mundo, Bolsa Família, aposentado, quem tem algum problema pra resolver no banco. Nas lotéricas, é uma situação bem difícil. Com isso, estamos vendo esse fluxo de gente aqui na rua. Além disso, o horário de supermercado também muito pouco. Se o dia todo já tinha fila, agora foi que piorou mesmo a situação”. –Tássia bezerra, artesã

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