Na última quarta-feira, 24, a Câmara de Iguatu por meio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CAF deu início à fase de depoimentos, visando a esclarecer possíveis irregularidades em empréstimos internacionais obtidos pela administração pública junto à Confederação Andina de Fomento (CAF), montante de R$ 250 milhões.
Através da decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Iguatu, a Justiça acolheu uma solicitação da CPI da CAF, conduzida pela Câmara Municipal, e ordenou a condução coercitiva do ex-secretário de Infraestrutura, Karlinando Bezerra, e da responsável pelas despesas da Secretaria de Infraestrutura, Ana Cláudia Cavalcante.
Presidida pelo vereador Sávio Sobreira (PSB), a CPI também contou com a participação dos parlamentares Rubenildo Cadeira, Louro da Barra e Lindovan Oliveira, que conduziram os questionamentos durante os depoimentos.
Os depoentes estiveram acompanhados de advogados, e em grande parte das indagações optaram por permanecer em silêncio, alegando desconhecimento ou informando que seus posicionamentos estavam registrados em documentos entregues à comissão.
Ambos confirmaram a assinatura e pagamentos com aditivos às empresas, entre empreiteiras e consultorias de assessorias técnicas. No entanto, evitaram entrar em detalhes quanto à identidade dos responsáveis pelas ordens de assinatura e despachos.
Ao serem questionados se foram coagidos, ambos preferiram manter o silêncio.
Segundo relatos dos parlamentares, foram identificados aditivos estimados em quase R$ 6 milhões já consumados, com possibilidade de terem sido contraídos aditivos de mais de R$ 50 milhões.
Os membros da CPI já realizaram suas primeiras reuniões internas e aprovaram requerimentos direcionados a órgãos como a Caixa Econômica Federal, Receita Federal e Prefeitura Municipal de Iguatu. O objetivo é obter informações cruciais para a investigação em curso, incluindo documentos, cópias de contratos, relatórios de fiscalização e pareceres técnicos.
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