Nesta sexta-feira, 15, Iguatu e outras 10 cidades cearenses foram palco de audiências públicas simultâneas sobre a atuação da Enel no Estado. Essa iniciativa integra o escopo de trabalho da CPI da Enel, que está em fase final na Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE) e visa a embasar o relatório que será elaborado.
O evento, conhecido como “Dia D” da CPI da Enel, foi coordenado por parlamentares membros do colegiado. Em Iguatu, o deputado Agenor Neto (MDB) liderou as discussões no Campus Humberto Teixeira.
“Com essas denúncias, vamos robustecer o nosso material da CPI para apresentarmos ao final da comissão um relatório responsável, sério e comprometido. Vamos pedir não só a punição da empresa, mas também dizer que ou a Enel muda ou ela se muda do Ceará”, afirmou o parlamentar Agenor.
As informações coletadas durante as audiências públicas contribuirão para embasar a ação que será movida contra a Enel ao término dos trabalhos da CPI. A pesquisa está disponível para acesso no site da Assembleia Legislativa.
Vereadores, empresários e a população em geral foram convidados a participar desses momentos de debate. Esses grupos têm apresentado várias queixas relacionadas ao fornecimento de energia no Estado, e suas contribuições diretas são fundamentais para a discussão.
Reclamações
“A Enel desrespeita o consumidor constantemente, a gente não sabe o que realmente está pagando. As contas vêm zeradas e há perspectiva de cobrança com base no consumo anterior. Já me endividei e tive que pedir dinheiro emprestado para conseguir pagar uma conta e não ficar negativado”, desabafou Ivano Paulino ‘Voninho, presidente da Associação dos Moradores da Sede do Distrito de Alencar.
“Nossa comunidade vive nos apagões, e a gente fica sem ter comunicação e sem nenhuma explicação para o que aconteceu. Já teve produtor que perdeu o leite que produziu diante da falta de energia e poder refrigerar seu produto”, relatou Antônia Chaves, presidente da Associação de Moradores do Sítio Cardoso I.
“Já tive aparelhos eletrodomésticos queimados por conta das quedas”, ressaltou Marcos Santos, morador do Bairro Fomento em Iguatu.
A CPI lançou uma pesquisa pública sobre os serviços prestados pela concessionária no Ceará, contendo cinco perguntas para identificar o participante, o município de residência, o nível de satisfação com a empresa, a expectativa de melhoria dos serviços e a opinião sobre a renovação do contrato de concessão.
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