Curso de Direitos Humanos forma Defensores Populares em Iguatu

07/04/2019

Lideranças populares das regiões Centro-Sul, Cariri e Sertão Central participaram do no curso ‘Defensores Populares de Direitos Humanos’, promovido pela Escola Popular de Educação em Direitos Humanos do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza. Cerca de 50 pessoas foram certificadas no último sábado no campus Humberto Teixeira.

O curso composto por 5 módulos foi dividido em 10 encontros, iniciados em 23 de fevereiro. “Quando decidimos interiorizar o curso, foi uma forma de fortalecer os militantes. O curso é voltado para quem tem atuação comprovada na área. O próprio curso formou sua carga horária colocando como temas os anseios locais”, explicou Alef Feitosa, membro do Conselho Gestor do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza.

O encerramento foi marcado por palestras e debates. O deputado estadual Renato Roseno (PSOL) abordou o assunto ‘As ameaças à Democracia e aos direitos humanos na atual conjuntura brasileira e latino-americana’. “O que vem após é importante, pois será o engajamento dos agentes na luta por direitos, cidadania e justiça. Nosso país é muito desigual. Haverá muita luta na garantia de igualdade social”, afirmou Renato.

Parcerias

Para viabilizar o curso, foi fundamental a parceria com a Defensoria Pública Geral, através da Ouvidoria Externa e da Escola Superior; com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Iguatu; com o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro; com a Cáritas Diocesana de Iguatu e com a Universidade Regional do Cariri – URCA.

Para a assistente social Camila Machado, uma das capacitadas pelo curso, os eixos do curso poderão contribuir com seu desempenho profissional na área em que atua. “Vem fortalecer o que preconiza nosso código de ética enquanto assistente social; defesa da vida da dignidade humana e equidade. E uma luta que já temos enquanto profissionais e vem fortalecer ainda mais com o curso”, disse.

CDV Maria Augusta

Um jantar beneficente no IFCE lançou a campanha para construção do Centro de Defesa da Vida Maria Augusta, Organização Não Governamental, ainda em fase de implantação e que buscará atender pessoas de Iguatu e do Centro-Sul, que tenham direitos humanos violados. Projeto esse nascido no decorrer do curso após ser vista a necessidade de funcionamento de uma ONG nesses moldes, no município, acolhendo esses públicos, defendendo a vida e dignidade humana.

A ideia é que o CDV Maria Augusta tenha eixos de atuação na defesa da dignidade humana de crianças e adolescentes, mulheres, idosos e outras minorias que tenham seus direitos constitucionais negados caracterizando atos de desrespeito, violência física, psicológica, preconceito, bem como fomentar debates relacionados com o direito à cidade em meio ambiente, transporte público, moradia e outros temas do interesse dos cidadãos relacionados com as políticas públicas dos governos.

Saiba mais

A escolha do nome de Maria Augusta está diretamente ligada a questões sociais e de violência, contra crianças e adolescentes, envolvendo o caso da menina que foi assassinada nos anos 50 pelo próprio pai, que tentava explorá-la sexualmente, e como esta rejeitou, foi barbaramente assassinada.

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