Por volta das 21h, desta sexta-feira, 11, os vigilantes Luiz Gomes e Robério Ribeiro perceberam fumaça saindo de dentro do Mercado Central, na avenida Agenor Araújo, no Centro de Iguatu. “Foi muito rápido. A gente viu a fumaça subindo, quando correu para o portão, já foi estourando tudo e as labaredas subindo. A gente tentou conter o fogo, mas era muito forte. Acionamos logo os bombeiros que chegaram rápido. Vieram rapidinho mesmo e conseguiram conter as chamas. Se demora um pouquinho, não tinha ficado nada no mercado, correndo risco de se espalhar para todo lado. Infelizmente, destruiu o box da Cleide, que vende merenda e almoço aqui”, relatou o vigilante Luiz Gomes, lamentando o ocorrido.
De acordo com a permissionária do box, Cleide Alves, a suspeita é que o fogo tenha iniciado em uma geladeira e logo em seguida atingido o espaço todo. “Quando fui avisada que estava pegando fogo, vim para cá. Fiquei sem chão inicialmente, paralisada. Sem reação, vê tudo que a gente tem se acabar em cinzas. Perdi todo meu trabalho. É daqui que tinha tiro o sustendo da minha família. Nosso único ganha pão”, contou, mostrando-se forte diante de tamanho prejuízo que, segundo ela, não tem noção ainda do que foi perdido financeiramente.
Recomeçar
“Segundo me disseram que o fogo teria começado na geladeira por causa de um curto-circuito, fiação velha. Logo passou para o teto que era de madeira, destruindo tudo, tendo perda total. Não tenho noção, mas foi uma grande perda, porque atingiu portão, as paredes, todos os móveis, utensílios, fogão dois freezers. Muita feira que tinha feito, muita carne na geladeira. Não tenho nem noção”, disse, lembrando que hoje, sábado, seria um dia para ganhar um bom dinheirinho para manter as coisas de casa. “Mas sou grata a Deus. Obrigada aos amigos que estão me dando apoio. Obrigada mesmo, de coração. Agora é tentar recomeçar. Não sei como, mas temos que partir do zero de novo”, complementou a comerciante.
Diante dessa triste situação, algumas pessoas se prontificaram em ajudar dona Cleide a recomeçar. “Não tenho nenhum recurso financeiro. Eu não tenho outra fonte de renda. Infelizmente, o fogo queimou. Mas vamos seguir em frente”, acrescentou.
De acordo com a Corporação dos Bombeiros, foram utilizadas duas viaturas de combate a incêndio e seis bombeiros militares que agiram no combate ao incêndio sem que o fogo atingisse outras partes do prédio. Espera-se uma perícia no local para avaliar as causas do incêndio e se há risco de outros curtos-circuitos na edificação. Nenhuma pessoa saiu ferida.
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