Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
A Assembleia Legislativa do Ceará pode criar uma CPI para investigar a emissão irregular de diplomas por faculdades no Ceará. Por iniciativa do deputado estadual Elmano de Freitas (PT), a CPI pode sair do papel depois que ele conseguiu o apoio de outros 14 parlamentares. Para que a Comissão Parlamentar de Inquérito passe a funcionar, é necessária a confirmação da Mesa Diretora, tendo à frente o presidente José Sarto.
Além de Elmano de Freitas, assinaram o pedido de CPI os deputados Evandro Leitão (PDT), Carlos Felipe (PCdoB), Acrísio Sena (PT), Audic Mota (PSB), Heitor Férrer (SD), Nelinho (PSDB), Marcos Sobreira (PDT), Gordim Araujo (Patriota), Tony Brito (Pros), Nizo costa (PSB), Guilherme Landim (PDT), Nezinho Farias (PDT), Fernando Santana (PT) e Jeová Mota (PDT). Para instalar uma CPI é necessário que o autor consiga um mínimo de 12 assinaturas.
De acordo com o deputado Elmano de Freitas, há vários relatos de estudantes prejudicados com a falsificação de diplomas não só na Capital, como também no interior do Estado. Elmano diz já ter recebido informações de universitários lesados por quadrilhas envolvidas na fraude em, pelo menos, 30 municípios. “Alunos terminaram o curso e na hora de entregar o diploma descobriram que o documento não tem validade”, ponderou o deputado estadual. Há queixas já registradas de 17 alunos, que já notificaram o problema no Ministério Público Federal. O maior número de casos vem do interior do Ceará.
O parlamentar petista considera que os culpados pela emissão irregular de diplomas precisam ser responsabilizados e punidos de forma exemplar. “NãoNão é brincadeira você passar quatro anos estudando, ter festa de diplomação e descobrir que o certificado não tem validade. Essas pessoas estão fazendo estelionato em praça pública. É gente que merece punição”, ressaltou Elmano de Freitas.
O deputado estadual Heitor Ferrer (SD) acredita que a CPI pode chegar aos responsáveis pelos esquemas criminosos. “As pessoas no interior são cheias de sonho, não têm acesso à universidade pública, faculdade privada e, de repente, chega um prometendo o céu e a terra. Pelos documentos que nós recebemos, chegaremos aos responsáveis”, afirmou.
Para o parlamentar Audic Mota (PSB), a bancada federal cearense participe da discussão. “Porque o tema é de nível superior e é de competência federal. O Ministério da Educação é o responsável pela atuação dessas universidades. Tão importante quanto punir quem cometeu esse crime é que nós possamos buscar uma solução para quem estudou”.
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