Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
Com baixo quórum de parlamentares nordestinos, o encontro com o ministro general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, em Brasília, na quarta-feira, dia 27 de novembro, para discutir demandas da região foi frustrada. Apenas 30 dos 151 deputados federais da bancada acompanharam a reunião. Do Ceará, estiveram apenas os deputados federais Mauro Filho (PDT), Roberto Pessoa (PSDB) e Heitor Freire (PSL). Para piorar, o ministro admitiu aos parlamentares que o Governo Federal não ter dinheiro para ações no Nordeste.
“Os deputados têm suas responsabilidades com suas bases e, apesar do ano financeiro difícil, liberamos as emendas previstas para os deputados e buscamos atender as demandas solicitadas democraticamente. Meu nome é Ramos, mas se você escrever ao contrário vai ser Somar. E é isso que queremos, contribuir”, disse o ministro da Secretaria de Governo.
Sobre obras inacabadas, como a Transposição do São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, o ministro general Luiz Eduardo Ramos disse que o Governo está ciente da situação e busca soluções.
“Já liberamos R$ 4 bilhões para o Nordeste, tem a cessão onerosa e as obras que estamos retomando. Somente as ações do Ministério da Cidadania com o Bolsa Família e o Benefício da Prestação Continuada (BPC) são injetados R$ 35 bilhões por ano na região Nordeste. Mas todos os problemas se resumem a dinheiro. Estamos ouvindo e tentando entender e resolver as demandas”, complementou o ministro Luiz Eduardo Ramos.
O resultado da reunião com a bancada nordestina, no entanto, gerou críticas até de aliados do Governo, como o deputado federal Heitor Freire (PSL). “O governo tem que repensar a maneira que está tratando o Nordeste. Lamentavelmente, escutamos do ministro um discurso vazio com o Nordeste e nenhuma política pública foi apresentada”, disse. Para o deputado federal Roberto Pessoa (PSDB), é necessário dar mais atenção às demandas dos parlamentares do Nordeste. “A relação da bancada com o Governo Bolsonaro tem melhorado, mas a equipe do governo precisa vir com tempo, não pode vir olhando para o relógio, afinal são muitas demandas do Nordeste”, explicou.
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