Kaylane Alexandre (Estudante)
Uma das metas propostas para países signatários da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável é o acesso universal equitativo à água potável e segura para todos. Porém, o Brasil, como país membro, apresenta uma realidade tão quanto distante da referida proposta e a sociedade não desfruta de tais recursos. Com a falta de saneamento básico, a população acaba por sofrer as consequências. Nessa perspectiva, esse desafio deve ser superado, de imediato, para que a população seja inteiramente integrada.
Primeiramente, podemos ressaltar a rápida e desordenada urbanização, a qual trouxe vá- os pontos negativos. A falta de planejamento, em grandes cidades, é um deles, fazendo que a população se abrigue em locais inapropriados para viver, de tal maneira que uma série de problemas, de saúde pública, surjam, junto com o crescimento desordenado das cidades. Situação facilmente visível atualmente, não é à toa que o Brasil ocupa 112ª posição no “ranking” mundial de saneamento básico, entre 200 países, segundo o Instituto Trata Brasil.
Dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), afirmam que 97% da população tem acesso a água potável, mas cerca de 17% não possui o fornecimento hídrico encanado, tendo acesso apenas por rios, açudes e cisternas.
Outro aspecto abordado é a desigualdade por regiões de tratamento de esgoto, mostrando que cidades desenvolvidas do país como São Paulo e Rio de Janeiro apresentam índices de tratamento de 93%, enquanto Belém (7,7%) e Macapá (5,5%) não desfrutam de tais privilégios, e esses números se dão em áreas vulneráveis, onde a população não recebe apoio do poder público, muitas vezes, sofrendo até discriminação.
Dessa forma medidas devem ser tomadas para que se resolve esse impasse. Cabe ao Go- verno Federal voltar sua atenção, principalmente, para áreas mais afetadas pela falta de saneamento básico, implementando redes de esgoto, tratamento de água, coletas seletivas, sem a cobrança de altas taxas por serviços prestados. A população também deve se manifestar, exigindo melhores condições de vida, através de investimentos que devem ser realizados pelo governo, a fim de que se cumpra a Lei do Saneamento Básico.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
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