A celebração do novenário dedicado a Santo Antônio, padroeiro do bairro de mesmo nome, já acontece dentro da capela. Mesmo ainda sem estar concluída, a obra abriga todas as noites devotos e visitantes. Há mais de 15 anos que o sonho de moradores é o surgimento do templo que hoje ocupa um terreno na comunidade. Antes da construção da capela, o novenário era celebrado no Hospital Santo Antônio dos Pobres, atualmente ocupado por equipamentos da Saúde, depois passou a ser realizado no Centro Pastoral.
Para os integrantes da coordenação da capela, cada ano é uma conquista. O que antes era sonho vem se tornando realidade, como conta Luciene Ferreira. “São 15 anos que a gente tem sonhado com essa capela. O que antes não tinha nada, quando a gente chegou a realizar também novenário só no terreno, já conseguiu muitas conquistas. A capela não tinha nada. Hoje tem muita coisa, mas falta ainda muito. O objetivo da festa é esse: o que for conseguido de arrecadação em dinheiro será revertido para a capela. Falta piso, reboco, o nosso altar. Mas, demos graças por termos alcançado muitas coisas” ressaltou.
Graças à ajuda dos moradores e devotos que participam ativamente do festejo religioso, a capela segue em construção. “É uma festa que tem crescido. Além dos moradores do nosso bairro, vêm muitas pessoas de bairros vizinhos, de outros bairros e até de outras cidades. Somos gratos a Deus e a nosso padroeiro Santo Antônio”, comentou Zaíra Silva.
Para os devotos e moradores do Bairro Santo Antônio, há bastante expectativa para o início do novenário. “A gente vive essa expectativa pela festa do nosso padroeiro. A gente aproveita para rezar, agradecer por graças alcançadas. Muito bonita a história de vida de Santo Antônio, como o padre disse, era um homem que dedicou a vida a pregar a palavra de Deus, além do seu lado caridoso em ajudar aquelas moças que iam casar, mas não tinham condições financeiras de dar o dote, como de costume antigo. Ele ajudava as noivas, por isso essa fama de casamenteiro”, comentou a servidora pública Neuma Serafim.
Santo Antônio é conhecido pela fama de ser casamenteiro, das causas perdidas e protetor dos pobres. O dia 13 de junho é a data dedicada ao santo. A comunidade também está unida numa campanha permanente para dar continuidade às obras de construção da capela. O teto e as portas já foram instalados. Mas ainda falta muita coisa para que o templo erguido pela doação e voluntariado dos moradores seja concluído.
História
Santo Antônio foi batizado no nascimento como Fernando. Ele nasceu em uma família rica e nobre de Lisboa, em Portugal. Ainda jovem, foi para a escola em Coimbra e entrou para a ordem de Santo Agostinho, quando foi ordenado sacerdote. Fernando foi levado a pedir ingresso na ordem de São Francisco, recém-fundada. A fama de Santo Antônio já era conhecida em Portugal, devido ao despojamento e à santidade dele. Foi quando se tornou frade franciscano que Fernando assumiu o nome de Antônio, em homenagem ao Santo Antão. Na Itália, conheceu pessoalmente São Francisco de Assis, que o autorizou a ensinar teologia aos frades franciscanos em Bolonha. Antônio se dedicou à pregação entre o povo, em diversos lugares da Itália e do sul da França. O santo morreu em 13 de junho de 1231 em Pádua, onde escolheu transcorrer a última fase da existência terrena. Santo Antônio foi canonizado aos 30 de maio de 1232, menos de um ano após a própria morte. A santidade e os milagres operados em vida convenceram a Igreja a fazer tal operação.
Santo casamenteiro
A fama de ser um santo casamenteiro foi atribuída após um milagre, mesmo depois da morte dele. Conforme a lenda, uma moça de Nápoles queria se casar, mas não tinha o valor do dote, que como de costume na época, a família da noiva deveria entregar à família do noivo. Foi então que a mulher teria recorrido a Santo Antônio. A divindade teria aparecido e lhe dado um bilhete que deveria ser entregue a determinado comerciante. No bilhete estava escrito que o trabalhador desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do bilhete.
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