Devotos e moradores do Bairro Santo Antônio, católicos que estão participando dos festejos dedicados a Santo Antônio, padroeiro da comunidade, vivem a expectativa já com sentimento de saudades do encerramento do novenário, dia 13, quando será celebrada a Missa Solene na capela que está sendo erguida. Todas as noites, um animador é convidado a pregar para os participantes.
Santo Antônio é conhecido pela fama de ser casamenteiro, das causas perdidas e protetor dos pobres. A comunidade também está unida numa campanha permanente para dar continuidade às obras de construção da capela. O teto e as portas já foram instalados. Mas ainda falta muita coisa para que o templo erguido pela doação e voluntariado dos moradores seja concluído. Reboco, piso, e também energia não tem no local, mas não impede as celebrações. A construção do templo dedicado ao santo é um desejo antigo de mais de 100 anos e que aos poucos vem se tornando realidade. “A devoção a Santo Antônio é antiga, começou ainda quando o hospital Santo Antônio dos Pobres foi construído. Com o fechamento do hospital, os moradores passaram a celebrar na rua até a construção da capela. A gente passou a celebrar aqui ainda sem o teto. Agora estamos bem protegidos. Já temos teto e portas, mas falta ainda muita coisa, mas tudo no tempo de Deus”, destacou a secretária da capela Cláudia Correia, contando mais sobre a história da devoção ao santo e as conquistas da comunidade.
Antônios
As paredes ainda estão sem reboco, o piso ainda está só no concreto. O prédio ganhou teto e portas, mas está sem energia elétrica. A construção começou em agosto de 2017. Em ações constantes e doações de devotos e parceiros, os trabalhos seguem e ganham mais ânimo a cada festejo. “A nossa luta e as ações são constantes para que a gente consiga terminar nossa capela. Desde que passamos a celebrar missas e novenário aqui dentro, a gente se sente mais fortalecido para continuar e vamos, assim, celebrando. Para quem não tinha nenhum espaço, temos nossa capela. Graças a Deus, temos boa participação. Este ano estamos fazendo uma homenagem aos Antônios da nossa comunidade. Saímos de casa em casa procurando quem tem nome Antônio de registro e todos eles serão homenageados na última noite, dia 12. Dia 13 será celebrada uma missa de encerramento”, festejou Izaíra Silva.
Além da nave, que é a parte central da capela, já foram construídos o altar, a sacristia e a sala para o Santíssimo. Grande parte dos recursos arrecadados são através em quermesses, celebrações e novenários, além de doações, que ainda não são suficientes para concluir a obra.
História do santo
Santo Antônio foi batizado no nascimento como Fernando. Ele nasceu em uma família rica e nobre de Lisboa, em Portugal. Ainda jovem, foi para a escola em Coimbra e entrou para a ordem de Santo Agostinho, quando foi ordenado sacerdote. Fernando foi levado a pedir ingresso na ordem de São Francisco, recém fundada. A fama de Santo Antônio já era conhecida em Portugal, devido ao despojamento e santidade dele. Foi quando se tornou frade fransciscano que Fernando assumiu o nome de Antônio, em homenagem ao Santo Antão. Na Itália, conheceu pessoalmente São Francisco de Assis, que o autorizou a ensinar teologia aos frades franciscanos em Bolonha. Antônio se dedicou à pregação entre o povo, em diversos lugares da Itália e do sul da França. O santo morreu em 13 de junho de 1231 em Pádua, onde escolheu transcorrer a última fase da existência terrena. Santo Antônio foi canonizado aos 30 de maio de 1232, menos de um ano após a própria morte. A santidade e os milagres operados em vida convenceram a Igreja a fazer tal operação.
Santo casamenteiro
A fama de ser um santo casamenteiro foi atribuída após um milagre, mesmo depois da morte dele. Conforme a lenda, uma moça de Nápoles queria se casar, mas não tinha o valor do dote, que como de costume na época, a família da noiva deveria entregar à família do noivo. Foi então que a mulher teria recorrido a Santo Antônio. A divindade teria aparecido e lhe dado um bilhete que deveria ser entregue a determinado comerciante. No bilhete estava escrito que o trabalhador desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do bilhete.
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