Dia de Finados movimenta cemitérios

06/11/2021

O dia foi de acender velas, rezar em família como maneira de relembrar momentos vividos com os entes queridos que já morreram. Foi isso o que fez o militar da reserva do Exército, Pedro Hélder de Oliveira, que visitou acompanhado da esposa e do filho o jazigo da família Amâncio onde estão sepultados os pais dele. “A gente relembra muita coisa. Meu pai nos deixou um legado de vida, de família. Homem justo, trabalhador. Passei a frequentar mais o cemitério. Rezo um pouco, relembro com muita saudade dos meus pais”, comentou, durante a visita no feriado de finados, terça-feira, 02, ao cemitério Parque da Saudade.

Diferente do ano passado, muita gente visitou os dois principais cemitérios da cidade. Em média nesse dia especial, os locais chegaram a registrar mais de 25 mil pessoas. Nas entradas, vendedores ambulantes aproveitaram para vender arranjos de flores e velas. O aposentado João Tenente há cerca de seis anos passou a vender esses produtos para ajudar no sustento de casa. “Esse ano bom, muita gente frequentou o cemitério, deu pra vender os vasos de arranjos, o pessoal quis os mais em conta. A gente entende. É o momento que estamos vivendo. Mas foi bom, graças a Deus”, comemorou o vendedor ambulante, afirmando ainda que a dificuldade este ano foi conseguir velas para revender. “Tava faltando até nos fornecedores de Juazeiro do Norte. A gente conseguiu um pouco. Se tivesse mais, tinha vendido”.

Durante a visita ao cemitério muitas pessoas aproveitaram também para agradecer por estarem com saúde e vivas. Diante de momentos enfrentados de dificuldades e restrições ainda por conta da pandemia. “Eu vejo esse momento também de agradecer a Deus por estarmos vivos por tudo que a gente enfrentou nessa pandemia. A gente sabe que pandemia não acabou. Estamos com saúde e vivos. Eu vindo aqui no cemitério, como se tivesse indo visitar eles na casa deles, como sempre fazia quando eram vivos. Aqui tenho meus pais e alguns dos meus irmãos, que venho visitar”, relembrou a dona de casa Antônia Leidy Ferreira.

Túmulo de Maria Augusta

No cemitério Senhora Santana onde está sepultada a jovem Maria Augusta, morta pelo próprio pai em 1963, aos 12 anos de idade, tradicionalmente há muitas visitas. Este ano não foi diferente. “Deus primeiramente, depois ela. Eu sempre peço, faço alguma promessa por intenção dela e consigo. Eu tenho uma netinha que é especial. Os médicos disseram na época que ela não chegava a dois anos, já vai fazer 8 anos. Eu sempre venho aqui agradecer por essa e outras graças alcançadas”, afirmou a aposentada Francisca de Fátima da Silva, devota de Maria Augusta, que é considera santa para muitas pessoas.

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