Na tarde desta sexta-feira, 03, os diretores da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL de Iguatu, Francisco José Mota Luciano ‘Dedé Duquesa’ (presidente), Francisco Bento de Souza (vice-presidente do Sindilojas), Roney Moreno (2º diretor jurídico da CDL) Kaoma Pereira (presidente do Sinduscon-Sindicato da Construção Civil) estiveram reunidos com os secretários da administração municipal, Antônio Filho (Trânsito e Segurança) e Demir Amorim (Infraestrutura).
O objetivo do encontro foi continuar discutindo com a gestão a proposta de reabertura gradual do comércio, respeitando os protocolos, as normas de sanitárias e de segurança, de acordo com os decretos editados pelo Governo do Estado e o município.
Dedé Duquesa fez explanações acerca do momento difícil vivido pelos empresários, por causa dos estabelecimentos fechados. O líder lojista frisou que as entidades do comércio sempre estiveram abertas para dialogar e cooperar, mas ressaltou que a situação chegou ao insuportável. “Os lojistas não aguentam mais. Estamos no limite. Esperamos que haja saída plausível, porque muitas empresas, talvez nem retornem mais, imagine que para cada CNPJ que se vai, pelo pelos cinco vão junto”, disse.
Os dois secretários representaram o prefeito Ednaldo Lavor, que não pôde comparecer porque estava em ‘quarentena’ por ter mantido contato com pessoa que testou positivo para a Covid-19. Antes, quem estava confirmado para conversar com os diretores era o secretário de Saúde, Georgy Xavier, mas como ele testou positivo para a Covid-19, sua participação foi cancelada.
Desespero e desemprego
Durante a reunião que aconteceu na sala da presidência da CDL, os diretores fizeram uma exposição do atual cenário no comércio local, relatando principalmente a preocupação e insatisfação dos empresários e lojistas por causa do último decreto editado pelo município que estipulou o fechamento da cidade e seus estabelecimentos comerciais. Na visão dos diretores lojistas, mesmo que o lockdown tivesse sido implantado, os serviços essenciais deveriam ter sido mantidos, como os supermercados, bancos, casas lotéricas, padarias, frigoríficos. O maior problema, segundo os diretores, foi que o fechamento dos serviços essenciais acabou gerando aglomerações quando esses reabriram. “Em todas as 35 cidades onde estamos não vimos nada igual, tal qual ocorreu no lockdown em Iguatu, o comércio esgotou, ninguém aguenta mais, comerciantes estão desesperados, vocês repensem, porque o comércio está sofrido”, disse Francisco Bento de Souza, vice-presidente do Sindilojas.
Roney Moreno defendeu que município cumpra as fases de reabertura, fazendo cumprir também os protocolos. “A cidade não aguenta mais, precisamos retornar ao normal”, lembrou. Kaoma Pereira ressaltou que 90% dos trabalhadores da construção civil, segmento onde maioria é informal, ficaram sem trabalho e isso comprometeu seriamente essas pessoas. “Se eles ficam sem trabalho, ficam sem comer”, disse.
Proposta
O secretário de Segurança e Trânsito, Antônio Filho, lembrou que Iguatu conta com 20 leitos de UTI, e que não é o município que regula a ocupação, mas sim o Estado. O secretário afirmou que “As UTIs são nosso termômetro”. Ele disse que toda decisão a ser tomada pelo município, em relação aos decretos, o número de ocupação dos leitos de UTI deve ser considerado um parâmetro importante. Antônio Filho revelou números atualizados da pandemia em Iguatu, divulgados na tarde desta sexta-feira, com 1.021 casos confirmados da doença, 33 óbitos e 7.200 testes realizados.
Mediante a situação que se instalou e os apelos dos diretores lojistas, os representantes da gestão e das entidades do comércio chegaram a um consenso e fecharam a proposta para ser apresentada em reunião do grupo de contingência prevista para a manhã deste sábado, presidida pelo prefeito Ednaldo Lavor. A proposta é que, a partir da próximo segunda-feira, o município de Iguatu avance para a fase-01, da reabertura das atividades econômicas, segundo o protocolo de transição, com o funcionamento dos segmentos gerais do comércio, das 8h às14h, com as atividades consideradas essenciais funcionando sem restrição.
O secretário de Infraestrutura, Demir Amorim, disse que há boa vontade e interesse por parte da gestão em minimizar o problema. O secretário reforçou que as propostas discutidas vão para reunião de um grupo de contingência com o prefeito Ednaldo Lavor, para analisar sugestões e tomar as decisões adequadas respeitando todos os protocolos.
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