Em uma ação que promete transformar a logística e o agronegócio da Região Centro-Sul cearense, empresários de Iguatu firmaram um acordo com a Transnordestina Logística (TLSA) para a implantação do tão aguardado terminal de carga da ferrovia. O contrato inicial foi assinado entre a TLSA e a empresa Terminal Logístico de Iguatu (TLI), constituída pelos empresários locais Eugério Queiroz e Renato Maia.
O novo terminal, que será instalado ao lado da linha férrea da Transnordestina, em um terreno na fazenda Cedrinho, deverá operar a partir de agosto de 2025.
Com uma área de 8 hectares, o terminal será responsável pela recepção, armazenamento e distribuição de cargas, principalmente grãos como milho, soja e farelo de soja. A operação de descarga e transporte rodoviário ocorrerá de forma estratégica para atender as demandas de agricultores da região no entroncamento entre as rodovias de acesso à Acopiara (CE 060) e a Quixelô (CE 375). “É uma notícia que gera muita expectativa e que promete ser um divisor de águas na história econômica da cidade e região. Já realizamos sondagens de solo e estamos prontos para dar andamento ao projeto de engenharia”, afirmou Eugério Queiroz que é advogado e também atua no seguimento agropecuário.
A obra, que inclui galpões, silos, depósitos, armazenamento subterrâneo, escritório e área de descarga, será 100% de responsabilidade dos empresários. A expectativa é que, inicialmente, sejam transportadas 200 mil toneladas por ano. Embora a ferrovia entre Eliseu Martins (PI) e o Porto do Pecém ainda esteja em construção, o TLI começará a operar de maneira provisória, com o transporte de brita já sendo realizado diariamente no trecho atual.
Para Renato Maia, que possui mais de 20 anos de experiência no mercado de grãos, a iniciativa trará benefícios econômicos significativos. “Nosso objetivo é reduzir o custo do frete para os produtores da região, facilitando a comercialização dos produtos”, destacou.
O prefeito eleito de Iguatu, Roberto Filho (PSDB), se mostrou entusiasmado com o projeto. “Vou dar todo o apoio necessário para o sucesso dessa iniciativa, com incentivos legais e estruturais, para que Iguatu continue atraindo investimentos”, afirmou.
Apesar do sigilo por questões de confidencialidade contratuais sobre o valor do investimento, estimado em escala milionária, o projeto é visto como uma oportunidade de impulsionar o desenvolvimento econômico local e fortalecer a integração logística da região, e consolide Iguatu como um hub estratégico para o setor agrícola e logístico no Ceará.
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