Entrevista: Giovanni de Oliveira Advogado e escritor

“A estreia não poderia ter sido melhor. A Praça da Matriz transformou-se numa fábrica de gargalhadas com as pessoas assistindo ao filme ao lado dos atores. Achei isso um momento radiante da noite”. Entrevista Giovanni de Oliveira Advogado e escritor

09/09/2023

A estreia do filme ‘Iguatu: agora é nóis’, exibido na Praça da Matriz, no último sábado, 2, reuniu grande público e repercutiu na imprensa, redes sociais e no boca-a-boca dos fofoqueiros de plantão. A obra cinematográfica foi baseada na coletânea de livros ‘O Direito de Rir’ do escritor e humorista Giovanni de Oliveira. Sobre o curta metragem, seus personagens, e a ideia original, Giovanni de Oliveira fala em entrevista ao Praça desta edição

A Praça – O filme já era um projeto que você tinha guardado e agora consegui gravar?

Giovanni – Sim, esse projeto é antigo. Foi o poeta Antônio Carlos Belchior que ao ler o “Direito de Rir I” me incentivou a levar os personagens para a linguagem cinematográfica.

A Praça – E como foi para escolher o elenco? O filme traz personagens da vida real da cidade?

Giovanni – Eu já tinha uma ideia de alguns personagens do nosso cotidiano: Baltazar, Edmilson Araújo, Augusto Correia Lima. E convoquei uma reunião com uma turma que faz teatro: Bethânia, Zé Buchuda, Aldenir, César para comporem o elenco.

A Praça – A estreia foi um sucesso, haja vista que foi uma exibição a céu aberto, para poder caber o público. Ainda está repercutindo na cidade?

Giovanni – A estreia não poderia ter sido melhor. A Praça da Matriz transformou-se numa fábrica de gargalhadas com as pessoas assistindo ao filme ao lado dos atores. Achei isso um momento radiante da noite.

A Praça – E agora, quais serão os próximos passos do filme?

GiovanniIguatu agora é Nóis será exibido no Cine Teatro São Luís, no próximo mês de outubro, numa sexta-feira. Logo que saia a data divulgaremos.

A Praça – Você trabalhou como um co-roreirista?

Giovanni – O filme foi baseado na coletânea “O Direito de Rir” de minha autoria e consequentemente eu aprimorei o texto para o universo do cinema fazendo o roteiro.

A Praça – O filme é um curta, com a duração de pouco mais de 25 minutos. No final ele deixa aquele gostinho de quero mais?

Giovanni – Fica sim, até porque muitos personagens ficaram de fora. Mas com certeza se tivermos a oportunidade de lançarmos outro evidentemente que esses personagens participarão.

A Praça – A direção do curta é do eclético com o diretor José Bob. Que impressão ele levou de Iguatu?

Giovanni – O diretor Zé Bob tem mais de 30 anos fazendo cinema. É um profundo conhecedor da arte cinematográfica e ficou impressionado com a performance dessa garotada que nunca havia participado de um filme. A luz de Iguatu e esses ricos personagens deixaram-no encantado.

A Praça – Chica do Babau, Os Maragaias, Bar do Maia, Maria Taboca, os cabarés do bairro Pedrinhas, Augusto Correia Lima, Edmilson Araújo, Dedé do Bar Pitu, e outros nomes, foram inspiração para o roteiro?

Giovanni – Todos esses personagens são da maior importância. Eles impulsionam a criação, fomentam o humor de uma maneira única, são a matéria prima essencial para o nosso trabalho.

A Praça – Para rodar o filme você contou com importante suporte. De onde vieram os apoios para logística, cachê dos diretores, infraestrutura e elenco?

Giovanni – A realização desse projeto é do SESC e tivemos uma parceria com Zenir Móveis.
Reitero aqui o meu agradecimento ao presidente do Sistema Fecomércio-CE, deputado federal Luís Gastão Bitencourt, pela extraordinária ajuda sem a qual esse filme jamais poderia ter sido realizado.

A Praça – Existem outros personagens populares que você gostaria de inserir numa 2ª versão do filme, ou quem sabe um longa?

Giovanni – Sim, as pessoas ficam me cobrando porque determinado personagem não participou. Entretanto acho esse tipo de cobrança um prêmio para os personagens do “Direito de Rir”, levo numa boa vejo como uma interação super válida. Iguatu teria que ser estudada sociologicamente. Tenho um amigo, cientista político que quando eu conto os causos de Iguatu ele diz que é “Invencionice” de minha parte. Inúmeras vezes liguei para os personagens para que eles confirmassem a veracidade da história. Despeço-me agradecendo a imprensa local que muito contribuiu para o êxito desse trabalho. Abraço grande ao meu parceiro, professor Zé Roberto.

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