O equipamento reduz em 60% a necessidade de intubação de um paciente. A tecnologia desenvolvida no Ceará, que começou a ser utilizada na capital Fortaleza, está sendo ampliada para hospitais que tratam Covid-19 também no interior.
Na Região Centro-Sul, pelo menos 18 capacetes Elmo já estão sendo utilizados. Seis na unidade de tratamento de Covid em Icó, e doze, em Iguatu, quatro para cada uma das unidades de saúde com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Regional, Hospital São Vicente e Casa de Saúde Dr. Agenor Araújo. “É uma tecnologia desenvolvida aqui no Ceará, através de um estudo da Escola de Saúde do estado. Desde quando passamos a conhecer esse equipamento, podemos ver o quanto ele apresenta resultados positivos, reduzindo que pacientes sejam intubados”, ressaltou Georgy Xavier, diretor da Escola de Saúde de Iguatu.
O agricultor Cícero Bezerra de Oliveira, 42, que chegou a ser internado no Hospital Regional de Icó, fez o uso do capacete Elmo. “Graças ao capacete consegui voltar a respirar e estou melhorando. Voltei a sentir minha respiração”, pontuou.
Esse tipo de depoimento motiva profissionais da saúde que trabalham nos hospitais com leitos de UTI a aprender ainda mais sobre a utilização dessa nova tecnologia. Testes clínicos realizados com o elmo apontam que o capacete pode reduzir em 60% a necessidade de internações em leitos de UTI. O tratamento é indicado para pacientes internados com quadro leve ou moderado de Covid-19.
Avanço
A fisioterapeuta Alexssandra Leandro, que participa da capacitação, fez o uso do capacete no treinamento. “Há um leve desconforto inicial porque a pessoa fica nervosa e as frequências respiratória e cardíaca aumentam, mas logo vai aliviando, com o capacete dá para conversar, beber água e até se alimentar”, destacou.
Para o fisioterapeuta Toni Pereira, que trabalha na UTI, o equipamento é uma novidade que traz avanços e ganhos para os pacientes por ajudar a evitar a intubação. “Tudo que é desconhecido traz dificuldade inicial e curiosidade, mas é simples a técnica de uso. É importante pelo que ele se destina”.
Georgy Xavier ressaltou ainda que inicialmente profissionais locais foram treinados por instrutores da Escola de Saúde Pública do Ceará, e agora estão repassando a capacitação para outros enfermeiros, fisioterapeutas e médicos dos hospitais particulares e filantrópicos que dispõem de ala para atendimento de pacientes com Covid-19.
A partir da capacitação os profissionais se tornam aptos a cuidar ainda mais dos pacientes com o capacete Elmo, que se tornou uma alternativa no tratamento da covid-19 nas unidades de saúde.
0 comentários