Estudo do ‘Aquífero do Julião’ apresentado ao Comitê das Bacias

01/06/2019

Membros do Comitê da Sub-bacia Hidrográfica do Alto Jaguaribe se reuniram nesta quinta-feira, 30, no auditório da Delegacia Sindical Sul (DSCENSUL) do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Ceará (SINTSEF). A ocasião serviu para definição do processo de renovação da diretoria do comitê, definição do tema da capitação em 2019 e renovação dos membros que compõem as comissões de meio ambiente, eventos críticos e de operação. A prefeitura de Iguatu apresentou o estudo sobre ‘Aquífero do Julião’.

A bacia sedimentar é apresentada como solução e alternativa para o segundo semestre tendo em vista que o reservatório Trussu não recebeu carga hídrica nesta quadra invernosa. A cota do reservatório foi negativa com o final da quadra chuvosa com – 0,71 centímetros do seu volume em 01 de janeiro.

Há cerca de um ano, a água que sai das torneiras apresenta coloração turva e exala forte cheiro. Nos últimos dias, moradores passaram a divulgar em redes sociais reclamações sobre a qualidade da água fornecida pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto, (SAAE).

Soluções e atualização do estudo

Com a garantia de abastecimento pelo reservatório terminando em agosto, a corrida contra o tempo é pela aprovação de projetos de execução que permitam captar água pelo anunciado ‘Aquífero do Julião’ e por poços do leito do rio Jaguaribe. O Governo do Estado anunciou a obra da adutora que promete interligar os poços do Jaguaribe à estação de tratamento orçado no valor de R$ 1 milhão.

Técnicos do SAAE, e secretárias administrativas, apresentaram o mais recente levantamento sob a bacia sedimentar do Julião. Os dados atualizados apontam que oito poções serão suficientes para garantir o abastecimento. Antes o cálculo era de 20 equipamentos, que serão interligados às tubulações da própria adutora que passa próxima ao local. “Um único poço emite 185m³ de água, isso nos surpreendeu muito e nos faz acreditar que 8 poços serão suficientes para abastecer a cidade”, disse o geólogo Magno Regis Barros.

A próxima etapa será o estudo de balanço hídrico, que apontará a reposição do lençol freático e análise do pacote sedimentar. Antes o estudo preliminar apontava que o aquífero abrangesse uma área de 10km², mas estima-se através de um mapa geológico que a área fique em torno 594km². “Busquei informações junto à Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais que apontou essa dimensão. Precisamos proteger essa área que inclusive abrange outras cidades”, disse Magno.

Cerca de 13 pessoas trabalham desde 2017 no projeto. Na primeira fase foram executados teste de geofísica, de vazão 24h, análise físico química da água. Dois poços do local já atendem as comunidades de Varjota e do loteamento Sacramento.

Bacia

Dos 24 reservatórios que compõem a bacia, seis deles ficaram com o índice negativo pós-quadra invernosa. Sendo que três deles permaneceram secos. O que obteve maior recarga foi o açude Orós com mais 67 milhões de metros cúbicos, mesmo assim ficando com 9,19 % de sua capacidade total. “São números que ainda nos fazem ficar com o sinal de alerta para o futuro. O ano está garantido para muitas dessas cidades que são abastecidas por esses açudes, mas nossa preocupação já para o ano de 2020”, avaliou Anatarino Torres, diretor da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH-Iguatu).

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