Diego Saldanha, enfermeiro
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Caríssimos leitores, essa é uma das perguntas mais recorrentes que recebo e vamos juntos discorrer sobre ela afinal de contas só amamos aquilo que conhecemos; sempre tomando como base o que a Igreja Católica nos ensina: “Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9,27).
É bom deixar claro que Jesus não reencarnou; Jesus ressuscitou. Isso já responderia à pergunta, porém vamos aprofundar mais um pouco. Uma parte da humanidade crê na reencarnação, ou seja, pensa que a alma, depois da morte, encontra outro corpo no qual possa habitar. Essa crença, muito antiga, constitui o fundamento de várias religiões, dentre as quais o budismo, o hinduísmo, o espiritismo, entre outras.
Muitas pessoas, nos países ocidentais, também acham essa doutrina convincente e acreditam que ela seja compatível com o Cristianismo. A vantagem disso, segundo elas, é que os incrédulos teriam uma ou mais oportunidades de se redimirem dos seus erros. Pura falácia! (Erro, engano, falsidade).
Essa doutrina é fundamentalmente contrária ao ensino das Sagradas Escrituras. Ela não faz mais que expressar a confusão do ser humano diante da morte e da desesperada necessidade de consolo nesse momento. Mas afinal de contas: o que existe depois desta vida e que consequência me trará a maneira como eu vivo?
Em sua palavra, Deus nos dá a única verdadeira resposta para tal pergunta: todos os homens pecaram e estão condenados ao castigo eterno (cf. Romanos cap. 6), no entanto, o Senhor nos oferece sua maravilhosa graça salvífica por intermédio de Jesus Cristo, que expiou os pecados de toda a humanidade na cruz. No entanto, somente aqueles que, pela fé, o recebem em seu coração são purificados de seus pecados, recebem a vida eterna e são adotados por Deus como seus filhos.
A doutrina bíblica diz que “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9,27). O perdão de Deus é definitivo: não há ciclos a serem completados, não há evolução a ser alcançada. Portanto, nada há em comum entre a reencarnação e a esperança cristã da ressurreição. “Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu nisso?” (João 11,25-26).
Na cidade de Corinto, alguns diziam que não havia ressurreição de mortos (cf. I Coríntios 15,12). Então o apóstolo Paulo afirmou: “se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé […]. Somos os mais miseráveis de todos os homens” (I Cor 15, 13-14.19).
A ressurreição é a própria fundamentação doutrinária do Evangelho. Foi necessário o poder de Deus para ressuscitar a Cristo dentre os mortos. Esse mesmo poder é exercido para com os que creem nEle (cf. Efésios 1,19-20). Não se trata somente da existência eterna da alma do crente, mas também da ressurreição dos corpos: “Esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Filipenses 3, 20-21).
Nosso Senhor Jesus Cristo falou em (João 5:28-29”): “Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida”. Gloriosa realidade para o crente! “Os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Horrenda perspectiva para os que se recusam a receber a salvação que Deus lhes oferece. Acreditar e viver o ensinamento de Cristo é viver já essa ressurreição. Pela fé vivemos a certeza das glórias celestiais. A graça e o amor de Deus nos elevam à feliz eternidade.
“Cristo ressuscitou dentre os mortos e foi feito as primícias dos que dormem” (I Cor 15,20). “Só uma coisa importa: que nos encontremos em Jesus Cristo para entrar na vida verdadeira pela ressurreição”, afirmou Santo Inácio de Antioquia. Trocando em miúdos: Jesus não reencarnou; Jesus ressuscitou.
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