Professor Américo Neto
Existindo no asilo do mundo…
Na alcateia ufana e sofrida,
No olhar sem vista,
Na chegada sem guarida
E na conquista que não mais vale…
O aborto onírico da felicidade,
A existência do ser no não ser,
A idiotização das massas…
O olhar perdido do padecer…
Caducando as vontades,
Perdendo as migalhas de crença
Em meio a outras tantas desavenças,
No inferno do drama familiar…
Perdido, cansado e sofrendo
A pós-modernidade líquida,
A existência de uma vida
A viver para os outros…
Outros já se foram…
Agora outro que vai…
Amanhã também muitos irão…
E a sepultura não se satisfaz…
O existir é sofrer…
É entrar no sistema,
É condicionar-se aos lemas
E aos mantras dos donos do poder…
Imaginar cemitérios esquecidos
No eterno morrer humano,
Oceanos, vales e cidades abrigam!
O leito final dos homens que já foram…
Mergulhar profundo nas filosofias,
Estudar concepções do ser
Ouvir histórias de vidas dos homens
Não ensinam nada aos homens além,
O modo como outros vieram a padecer….
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