Está previsto para hoje, sábado, 8, o sepultamento do jovem Antônio Carlos, 18, que faleceu na quinta-feira, 6, no HRC – Hospital Regional do Cariri onde estava internado, após sofrer acidente de moto em Iguatu. Ele era atleta de futebol, trabalhava como entregador de delivery e morava na comunidade de Barreiras.
De acordo com testemunhas que viram o acidente, o rapaz tentou fazer uma manobra para empinar a motocicleta, quando perdeu o equilíbrio, caiu, sofreu forte pancada na cabeça, fraturas pelo corpo e escoriações. Ele foi socorrido para o Hospital Regional de Iguatu, mas devido à gravidade da lesão, principalmente na cabeça foi transferido para o HRC, vindo a óbito uma semana depois.
O acidente do rapaz entregador foi só mais uma ocorrência deste tipo. De acordo com moradores de outros bairros, a prática de jovens empinando motocicleta é corriqueira. Os moradores pedem providências das autoridades. No bairro Cocobó, moradores denunciam que na Rua Major Pedro Alcântara já virou rotina rapazes empinando motos. O morador Everaldo Gomes Matos, 36, denunciou que eles pegam a subida da rua que fica ao lado da ‘cascata’ do SAAE e quando chegam no topo, empinam a moto para continuar no percurso da rua seguindo por uma descida. “O risco é que essa Rua Major Pedro Alcântara é mão dupla, indo e vindo, a gente vê a hora a bagaceira, ele baterem de frente com um carro”, denunciou.
Antônio Carlos trabalhava como entregador de alimentos. A morte dele gerou muita comoção nas redes sociais, haja vista que era uma pessoa mito conhecida e solidária. O corpo de Antônio Carlos só chegou na noite de ontem para o velório, pois a família resolveu doar os órgãos e o procedimento de retirada geralmente é demorado.
Frequente
O fato chama atenção pelo alto número de ocorrências de trânsito envolvendo pessoas que trabalham fazendo entregas. Moradores de bairros distintos também se manifestaram nas redes sociais para denunciar que os entregadores geralmente trafegam em altíssima velocidade e costumam empinar moto, em geral, quando estão retornando das entregas. A autônoma Mary Santos, moradora do bairro Areias, denuncia o que ela vê com frequência perto de casa: “Nessa Avenida José Caieiras, todo dia em qualquer horário a gente vê jovens andando numa roda só de moto”, frisou. Outra moradora, Andreia Nunes Soares, 29, alerta sobre a mesma prática em outra avenida do bairro Areias também: “Na avenida aqui da minha casa, paralelo a José Caieiras, todo dia, toda hora os rapazes vêm numa roda só eu tenho é medo demais quando eles passam por mim, e aqui já aconteceram acidentes, mas ninguém fiscaliza, nem toma providências”, lembrou.
Legislação
O Código Nacional de Trânsito no artigo 244 diz que conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor fazendo malabarismo, ou equilibrando-se apenas em uma roda, é infração gravíssima, passiva de multa e penalidade da suspensão do direito de dirigir.
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