Família de venezuelanos volta às ruas de Iguatu

11/09/2021

Pelo menos uma família de imigrantes venezuelanos voltou a ocupar as ruas de Iguatu. Em número bem reduzido, de cinco pessoas, sendo dois adultos e três crianças, uma delas de colo, os venezuelanos retornaram à cidade nesta semana. O grupo pode ser encontrado em pontos estratégicos, semáforos da avenida Dr. Carlos Roberto Costa (Perimetral) ou pelas ruas do centro comercial. Sem falar muitas palavras em português, o imigrante apenas mostrou o cartaz com frases pedindo dinheiro para comprar roupas, comida e fraldas. Algumas pessoas, principalmente condutores de veículos, fazem doações em dinheiro.

 

De passagem

Em fevereiro deste ano, um grupo maior de imigrantes veio para várias cidades cearenses, inclusive Iguatu. Muitos chegaram ao Brasil no ano passado. Na época, entraram por Roraima, também por Manaus (Amazonas), Belém (Pará). Dessa vez eles estão de passagem pela cidade. Não pretendem fixar residência aqui. “A partir do momento em que foi identificado que eles tinham retomado, em um grupo muito menor, a equipe de abordagem social do CREAS foi conversar com essas pessoas. Eles deixaram claro que estão aqui na passagem, de maneira transitória e que no momento não precisariam de nenhuma ajuda do poder público. A gente faz a oferta de serviços, mas desde que haja da parte deles interesse. Mas deixamos claro que os serviços estão à disposição e providenciaremos o que for cabível dentro da nossa política”, explicou o secretário adjunto da Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Cidadania, Daniel Monteiro.

O grupo pode ser encontrado em pontos estratégicos, semáforos da avenida Perimetral

Dificuldades

A saída da Venezuela foi motivada pela crise econômica que desde 2013 passou a prejudicar moradores do país vizinho. Eles partiram deixando famílias, mães, pais e irmãos, pelas dificuldades de emprego. Em fevereiro, pelo menos 33 pessoas, entre adultos e a maioria crianças, ficaram em duas pequenas casas, na Travessa Júlio Cavalcante, no Centro. Na época, muitas pessoas se mobilizaram ajudando, com arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza.

 

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