No Dia de Finados, feriado do dia 2 de novembro, muitas pessoas ainda cultivam a tradição de visitar os túmulos de parentes e amigos. Durante a visita aos cemitérios, o costume é ascender velas, colocar flores e rezar em frente aos jazigos. Uma tradição cristã passada por gerações.
Contudo, a cada ano é notada a diminuição de familiares que visitam os cemitérios nesta data. É o que disse a aposentada, Maria Eulália Rodrigues Paulino, que continua mantendo a tradição de visitar seus entes queridos falecidos. Sozinha, foi ao cemitério Senhora Sant’Ana para acender velas, rezar e admirar as fotos de seus parentes. “Aqui tenho meus avós, meus pais, irmão. Este dia é um dia de lembranças. Eu costumava vir com meu pai. Era sagrado a gente vir ao cemitério. Ele só não vinha se estivesse doente. Eu aprendi que a gente estando aqui não lembra com tristeza, mas recordação, alegria. Fico emocionada num dia como hoje. Uma boa recordação que dá vontade de chorar. Mas, é um choro de alegria! Lembrar quando eles eram vivos”, contou, afirmando que muitas pessoas estão deixando de manter essa tradição. “A gente não vê mais as famílias vindo para o cemitério, como antes. Antigamente eram mais pessoas. Agora vem um, outro não”.
Dor, ausência, recordação
No cemitério Parque da Saudade, encontramos dona Lindalmira de Souza e uma neta. Ela tem sepultados o marido que faleceu há dois anos e o sogro, há cerca de sete meses. Mas sempre que pode costuma ir outros dias da semana ao local. “É uma dor que a gente não sabe explicar. É como se faltasse um pedaço da gente. Desde a morte do meu esposo, há dois anos, que passei a vir ao cemitério, pelo menos uma vez por semana passo aqui. É uma forma de sentir um pouco de quem a gente tanto gostava. Não venho só no dia de finados. Mas esse dia a gente recorda ainda mais”, ressaltou.
Nesta data, são celebradas missas nas capelas dos dois cemitérios. Os espaços receberam limpeza, iluminação moderna e pintura, de acordo com o apresentado pela empresa que administra os dois cemitérios.
Maria Augusta
No cemitério Senhora Sant’Ana, a sepultura de Maria Augusta é uma das mais visitadas. No local são colocados brinquedos, flores e velas são acessas. À jovem dita santa popular, são atribuídos supostos, milagres, graças. Maria Augusta foi morta aos 14 anos, em 1965, pelo pai durante uma tentativa de abuso sexual, no sítio São Joaquim, zona rural deste município.
Serviço
Com apoio de Sandrone
(88) 99612-6668
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