Murilo Barroso (Aprendiz de verso e prosa)
Segundo Aristóteles – filósofo grego – O HOMEM É UM ANIMAL POLÍTICO POR NATUREZA.
Como integrante do reino, participo humildemente na função de eleitor alerta ao processo eletivo do governo e tento ser consciente a cada pleito eleitoral, sempre respeitando as adversidades.
A política tem como um de seus principais fundamentos chegar ao consenso para: governar as cidades pelo bem de todos os cidadãos, permitir igualdade através das leis que definem direitos e deveres, controlar e organizar a vida em sociedade, de tal modo a promover desenvolvimento, retorno social e bem-estar para os governados.
Enquanto filosofamos, tudo é perfeito e belo; entretanto quando praticamos, rui o castelo.
De maneira antissocial, a ignorância alavanca a segregação da consensualidade, desejada, entre uma parte significativa dos eleitores. Muitos se dividem e se subdividem em fragmentos espinhosos. Rompem enlaces até mesmo familiares, apequenam-se imaginando engrandecer. Digladiam-se vorazes, doutrinados, idiotizados e aliciados por seus mestres. Os líderes ou chefões que deveriam promover o bem comum atuam rasteiramente, exortando a politicagem, disseminando o terror, mentiras, ódio, municiando com farpas seu exército de zumbis ou bobos, que se engalfinham em prol dos lobos.
Esse clima beligerante, extremista e caótico é corriqueiro e cotidiano. Uma guerra do antes ao depois das campanhas eleitorais, embora seja mais intensa no período eletivo.
O confronto sinistro acontece nos lares, praças, bares, ambientes de trabalho, lazer, internet, em qualquer lugar que tenha pessoas afeitas à idiotice. Basta uma menção, uma pitada de politicagem para gerar alguma discórdia ou conflito insano. Direitos e deveres são desrespeitados. As agressões podem ser pessoais, verbais ou remotas. É ditatorial o debate dos politicantes. Pessoas limitadas, seres néscios, sem noção da essência democrática, baixam o nível das discussões que chegam a feder.
Os asseclas agem, odiosamente, instruídos por seus comandantes e, raramente, por iniciativa. Vivem numa interminável batalha mesmo que não saibam o porquê. Esses soldados subservientes, inocentes e/ou mercenários, são animais politiqueiros e antidemocráticos.
Os motivos mais comuns, digamos o combustível para alimentar esta animosidade, são:
– não votar em mim ou no meu candidato;
– não aceitar minha ideologia política;
– não aprovar o governo que votei;
– não defender o que eu defendo, mesmo que indefensável etc.
A desconjuracão existe em todas as classes politiqueiras e não há tratamento de adversário, e sim de inimigo.
Enquanto não adotarmos os debates racionais, seremos bobos servindo aos lobos.
Você não precisa estar do meu lado, mas devemos nos respeitar. Já perdemos muito quando somos desrespeitados por alguns representantes, pelos quais brigamos.
Não sejamos animais politiqueiros por natureza.
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