Em virtude dos números de pesquisa realizada pelo IPDC, Fecomércio defende a abertura de outras atividades essenciais, como locação de veículos. A instituição defende o cumprimento do decreto federal.
O presidente do Sistema Fecomércio Ceará, Maurício Filizola, defende a implantação, por parte do Governo do Ceará, do Decreto Federal Nº 10.329, de 28 de abril de 2020, que trata do acréscimo de atividades essenciais diferente das estabelecidas, até o momento, no Ceará. Faz parte do Decreto as seguintes atividades:
• Serviços de comercialização, reparo e manutenção de partes e peças novas e usadas e de pneumáticos novos e remoldados;
• Locação de veículos;
• Atividades de comércio de bens e serviços, incluídas aquelas de alimentação, repouso, limpeza, higiene, comercialização, manutenção e assistência técnica automotivas, de conveniência e congêneres, destinadas a assegurar o transporte e as atividades logísticas de todos os tipos de carga e de pessoas em rodovias e estradas;
• Atividades de produção, distribuição, comercialização, manutenção, reposição, assistência técnica, monitoramento e inspeção de equipamentos de infraestrutura, instalações, máquinas e equipamentos em geral, incluídos elevadores, escadas rolantes e equipamentos de refrigeração e climatização;
• Produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, limpeza, alimentos, bebidas e materiais de construção.
Segundo o presidente, o rol de atividades essenciais, acrescido por este Decreto, foi objeto de discussão e avaliação multidisciplinar por colegiado composto por representantes das áreas da vigilância sanitária, da saúde e do abastecimento de produtos alimentícios e de logística.
“Além deste, solicitamos também em caráter de urgência a abertura dos estabelecimentos no segmento de locação de automóveis, pois este setor fornece serviços ao setor de saúde pública e privado, e segurança pública do estado. Como também a abertura do comércio atacadista e varejista de suprimentos para informática, de componentes eletrônicos e equipamentos de telefonia e comunicação”, ponderou.
Pesquisa
A Federação do Comércio do Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), realizou uma pesquisa com 170 grandes empresários do setor de comércio e serviços essenciais no período de 24 de março a 27 de abril de 2020. De acordo com o levantamento, dos 10.001 estabelecimentos classificados como serviços essenciais e em funcionamento durante a pandemia do Coronavírus, com um efetivo de 40.630 funcionários exercendo suas funções devidas, somente 209 funcionários foram diagnosticados com a Covid-19. Em termos relativos, esse valor absoluto dos infectados correspondeu a 0,5%.
A pesquisa também trouxe dados sobre adaptações nas empresas tanto em relação aos horários de atendimento quanto medidas de segurança e higiene para o funcionamento desses estabelecimentos. Conforme a pesquisa, 81,7% dos estabelecimentos/postos de serviços entrevistados fizeram adaptação quanto ao atendimento e horário de funcionamento.
As principais medidas tomadas foram: a diminuição do quadro funcional, 28,4%; seguida de restrição de horário de funcionamento, com 20,9%; limites de pessoas dentro dos estabelecimentos, com 18,7% e por fim, revezamento dos funcionários (turno/dia), com 14,9%.
Questionados sobre as medidas tomadas para o treinamento dos funcionários para o enfrentamento da pandemia Coronavírus, a maioria, 77,4% responderam que colocaram em prática o treinamento para uso correto de EPI (equipamento de Proteção Individual). Em seguida vieram higiene (73,8%), procedimentos corretos de prevenção à pandemia (72,6%); e por último de rotina de trabalho (43,3%).
Além dos treinamentos, os estabelecimentos/postos de trabalhos adotaram medidas para acompanhar a saúde dos seus funcionários, sendo que 91,5% dos respondentes afirmaram disponibilizar de forma acessível o álcool em gel; 76,8% estão atentos quanto ao possível surgimento de sintomas respiratórios; 45,7% dos entrevistados realizam controle de fluxo dos funcionários no ambiente de alimentação; 28% dos respondentes afirmam fazer controle de temperatura e 18,3% providenciaram a vacina contra gripe para seus funcionários.
A pesquisa foi realizada na cidade de Fortaleza, Região Metropolitana e municípios do interior do Estado do Ceará. O público-alvo da pesquisa foram empregados do comércio e se serviços do Estado do Ceará por grupos de atividades de serviços essenciais. A realização foi feita através da aplicação de questionários online com empresários.
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