Feminicida é condenado a quase trinta anos de prisão

19/08/2023

Suerlando Alves Vanderleis foi condenado a 29 anos e 9 meses de prisão pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara Criminal do município de Iguatu, no Fórum Boanerges de Queirós Facó, nesta quinta-feira, 17. Ele foi acusado de matar a ex-companheira a facadas em setembro de 2022, na cidade de Iguatu. O regime é fechado, sem direito a recorrer em liberdade.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Ceará, ele não aceitava o fim da relação amorosa e resolveu surpreender a vítima quando ela estava em uma barraca de lanches em frente ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Iguatu na Rua 13 de maio. Maria da Conceição, conhecida como Iranir, foi atingida com golpes de faca nas costas e no pescoço, vindo a óbito no local.

Os jurados condenaram o réu por homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo feminicídio, conforme a sentença do juiz Eduardo André Dantas Silva, responsável por presidir o julgamento.

O Conselho de Sentença entendeu que o réu “tinha comportamento não só de ciúme possessivo, mas também manipulador e chantagista, além de manter a vítima em uma prisão emocional, não a deixando conversar sequer com outros familiares”. Além disso, o réu desenvolveu hábitos nefastos de alcoolismo e uso de substâncias altamente nocivas como o crack”.

Para a promotoria de acusação, a sentença atendeu a espera. “Entendemos que no caso do feminicídio, a pena aplicada atendeu as expectativas da família, da sociedade e do Ministério Público”, disse Leydomar Nunes, promotor de justiça.

Motivo torpe

Suerlando e Maria Conceição conviveram por aproximadamente três anos. No entanto, em razão das agressões que sofria, a vítima decidiu romper o relacionamento e, meses depois, chegou a iniciar um novo namoro, o que não era aceito pelo ex-companheiro, que tentava reatar de todas as formas. Por não conseguir reatar, o homem decidiu tirar a vida da ex-companheira.

Logo após o crime, o homem tentou fugir, mas foi perseguido por populares, que acionaram a polícia. Ele estava preso provisoriamente desde a data do crime.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do condenado.

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