Antônio Pereira de Oliveira
A Paróquia de Senhora Santana, em Iguatu, prepara-se para as comemorações, em julho de 2019, dos 300 anos da chegada da imagem, da padroeira. A partir do ano passado, no dia 26 de cada mês, vem sendo celebrada na Igreja Matriz missa votiva em honra à Santa e, desde julho próximo passado, feita uma peregrinação pelas demais paróquias da cidade. Como parte principal dessas comemorações será construído no Alto Cocobó um Santuário dedicado a Senhora Santana, compreendendo a igrejinha para celebração dos ofícios religiosos e oração dos devotos e uma colossal estátua com 25 metros de altura, réplica da imagem tricentenária. O projeto encomendado está em vias de execução. Essa ideia feliz, de interesse comum, merece total e irrestrito apoio das lideranças políticas e religiosas da terra.
Segundo assentamentos, a imagem de Senhora Santana chegou a Iguatu em 1719. Consta ainda que, em 1746, quando essa localidade era conhecida como Missão da Telha, iniciara-se a construção da capela primitiva, orago que se dedicou a essa admirável Santa. A devoção a Senhora Santana vem daí, atravessou séculos e hoje esse sentimento religioso está expresso na frequência dos fiéis aos ofícios divinos na Igreja Matriz e participação efetiva no novenário, todo ano, no mês de julho, mais isso não é tudo.
A celebração do tricentenário da chegada da imagem e a iniciativa da construção do grande monumento, entre outros meios louváveis de que se vem lançando mãos para fortalecer a devoção a excelsa padroeira é uma maneira eficaz de manter a tradição entre os fiéis no terreiro de casa e atrair aqueles que se acham distantes.
A construção da estátua, desde que seja uma réplica fiel da imagem existente no altar da Igreja Matriz, como fiel à sua imagem, são as estátuas do Padre Cícero em Juazeiro do Norte e de São Francisco em Canindé, além de promover potencial turístico da cidade, exercerá uma poderosa influência sobre a renovação da fé e esperanças entre os habitantes da encantadora poção ribeirinha do velho Jaguaribe, e adjacências. Será um novo ícone que se ajuntará à vetusta matriz, da praça do quadro e à ponte ferroviária que abraça as duas margens do rio, há mais de um século.
Não há a menor dúvida de que esse é um grande desafio à determinação e capacidade empreendedora do dinâmico pároco, padre Roberto Alencar, bem como de seus auxiliares diretos e das instituições envolvidas, na empreitada, como também não há a menor dúvida de que esse empreendimento, modificará radicalmente o cenário urbano do Alto do Cocobó. Ali, quem sabe, poderá se tornar, em um futuro próximo, num centro de romaria, da Região Centro-Sul do Estado.
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