Os funcionários dos Correios em Iguatu aderiram à greve nacional e suspenderam serviços na agência da cidade desde terça-feira, 18. De acordo com representantes da categoria, não há prazo para o fim da paralisação. Quem chega à unidade local encontra os servidores na frente da unidade orientando a população que procura pelos serviços.
Os serviços da unidade local ainda funcionam, mas com a capacidade de atendimento e de entrega reduzida. Hoje a unidade de Iguatu conta com 35 funcionários efetivos e quase 10 colaboradores contratados.
Para o membro diretivo da regional sul do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similares (Sintect-CE), Reinaldo Rodrigo, o movimento é contra a privatização da estatal. Os trabalahadores reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos. “O que estamos lutando é pela perda de direitos. Não é por melhoria salarial. Esperamos que a população entenda e legitimem nosso movimento”, disse.
Acordo Coletivo
Os grevistas afirmam que desde julho os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios sobre estes pedidos, o que, segundo eles, não aconteceu. Alegam que, em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021. “Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”, acrescentou Reinaldo.
Correios
Os Correios divulgaram nota sobre a decisão da categoria, afirmando não pretender suprimir direitos dos empregados. A instituição alega propor ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.
“Os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente”, destacou a nota.
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