Nesta sexta-feira, 20, a Secretaria dos Recursos Hídricos esteve reunida com a Gerência de Estudos e Projetos da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH, para apresentar os resultados já obtidos do Projeto Quali-quantitativo do “Aquífero do Julião”. O estudo do manancial localizado em Iguatu visa dimensionar o aquífero para pensar políticas de aproveitamento da água para benefício da região.
O momento ocorreu na Câmara Municipal de Iguatu (CMI) e reuniu membros do comitê da Sub-bacia do Alto Jaguaribe e de representantes da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (COGERH).
Estudo
Iniciado em abril de 2022, o projeto atualmente está na fase de caracterização hidrogeológica e análise quantitativa e qualitativa da área. Com capacidade de 208 milhões de m³ e tamanho geral de 180 km², o aquífero passou pelos processos de levantamento do cadastro de poços e de coleta de água entre os períodos de seca e de cheia para análise de nutrientes presentes na água.
A partir dos resultados, espera-se que possa ser dimensionada a capacidade e analisada a situação da qualidade da água, para então permitir a discussão de uso do recurso, conforme destaca o secretário executivo de Recursos Hídricos, Aderilo Alcântara. “A água não é um bem inesgotável e cada vez mais é necessário planejamento para que haja eficiência no uso dela. Com esse estudo, poderemos estudar meios de aproveitamento do aquífero para o abastecimento humano e a irrigação local”, apontou Aderilo.
Zulene Almada, Gerente de Estudos e Projetos da Cogerh, explicou o diferencial do projeto conduzido por sua equipe. “Já fizemos trabalhos antes na bacia hidrográfica do Iguatu, mas esse é voltado para uma causa específica no aluvionar. Queremos identificar o possível potencial dessas áreas para possível bateria de poços, que poderão servir de complemento no abastecimento de Iguatu”, afirmou.
Análise
O próximo passo do estudo será a elaboração do relatório final do balanço hídrico, reserva e potencialidade do aquífero, previsto para fevereiro de 2024. “Embora ainda não seja possível quantificar o volume de água, o estudo está realizando análises para avaliar a qualidade da água. Até o momento, foram identificados coliformes devido à vulnerabilidade do aquífero, mas isso não impede seu uso, pois existem métodos de tratamento adequados. O estudo também pode contribuir para melhorar o tratamento da água, com base no conhecimento da sua qualidade química”, disse Roberto Felismino, um dos geólogos à frente do estudo.
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