Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
O Governo do Ceará firmou um acordo com a Fundação Butantan para o fornecimento de dois milhões de doses da vacina Coronavac ao estado, a partir de janeiro de 2021. Há probabilidade de entregas adicionais em fevereiro e uma de maior volume a partir de maio. Um memorando de intenção foi assinado na terça-feira, dia 22 de dezembro, pelo secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), e Rui Curi, presidente diretor da instituição paulista.
A produção da vacina está em estágio avançado de desenvolvimento e os ensaios clínicos mostraram resultados promissores. A CoronaVac é produzida em parceria com a chinesa Sinovac Biotech e, nesta semana, a Fundação Butantan anunciou que a terceira e última fase de testes com a vacina foi concluída. Segundo o governo de São Paulo e o Instituto Butantan, a vacina CoronaVac, produzida em parceria com o laboratório SinoVac, apresentou segurança e eficácia suficientes para pedir registro de uso emergencial.
A taxa de eficácia não foi divulgada, segundo as autoridades, a pedido do laboratório chinês, que revisará os dados antes que eles sejam encaminhados para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O órgão só deve receber a documentação em até 15 dias.
“O Governo do Ceará e a Secretaria da Saúde do Estado acreditam que, quanto mais cedo a vacinação acontecer, melhor para a população cearense. Por isso, a Sesa apoiará todas as iniciativas que apresentarem vacinas disponíveis para aplicação o mais rápido possível. Quanto mais cedo, melhor. A Sesa tem trabalhado para garantir a vacinação de forma rápida e segura”, destacou Dr. Cabeto, secretário de Saúde do Ceará.
Consórcio do Nordeste
O Consórcio de Governadores do Nordeste, do qual faz parte o governador do Ceará, Camilo Santana, emitiu esta semana um parecer onde recomenda medidas ainda mais restritivas para as cidades que apresentam aumento de casos e mortes pela Covid-19, principalmente aquelas com mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI. Documento divulgado pelo consórcio já admite a existência de uma segunda onda da pandemia no País.
Outra recomendação do consórcio é a formação de um comitê nacional emergencial de vacinação independente, que atue na assessoria dos 27 governos estaduais nas negociações com o Ministério da Saúde e fornecedores internacionais.
O Consórcio de Governadores do Nordeste recomenda a negociação das vacinas com todos os fornecedores que tenham tido sua eficácia e segurança demonstradas e que tenham sido aprovadas para uso, quer pela Anvisa, quer por instituições reconhecidas internacionalmente como o FDA americano e o CDC europeu.
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