Hilda Pontes buscou no artesanato refúgio para não se entregar à ociosidade

07/09/2024

Aposentadoria chegou e agora? Esse foi um dos pensamentos que fez com que Hilda Pontes buscasse aproveitar mais tempo da vida, não de maneira ociosa, mas sim buscando atividades que lhe fizessem sentir mais ativa, além de ganhar um dinheirinho extra. Foi no artesanato, na pintura de fraldas, no macramê e crochê que Hilda passou a dedicar-se.

“Fui bancária por 35 anos. Me aposentei. Mas, tem aquela ilusão que tudo está bom. Mas, eu pensei: e agora o que eu vou fazer? Ficar passeando, olhando o tempo passar, eu não queria aquilo pra mim não. Então, eu preferi fazer uma nova ocupação, que é artesanato. E o artesanato para mim é uma coisa que acho que foi desde o tempo de pequena. Uma coisa de hereditariedade de minha mãe. Ela bordava, eu achava muito bonito. Quando me aposentei, veio aquele estalo. Comecei a fazer algumas coisas, um bordadinho, uns pontinhos de crochês, achando bom. Isso sem aula, sem professor, só para passar o tempo. E comecei a me aperfeiçoar. Fiz uma bolsinha, o pessoal gostou, comprou, depois foi uma bonequinha. Eu amei, como se fosse uma obra prima. A gente fica tão feliz que quer fazer mais e mais”, contou.

Hilda tem se dedicado à atividade. “Como fiquei com medo da ociosidade, com medo de depressão, assim como outras pessoas vagas, naquela ociosidade, eu disse que não queria isso para mim não. Eu comecei a me dedicar, mesmo sem ter professor, sem ter orientação. Aquela coisa, a persistência, a insistência, a resiliência que fez eu chegar onde estou hoje, porque eu já me sinto bem mais profissional, mas no começo não era aquela coisa perfeita, mas eu amava. Era meu”, pontuou.

A artesã destaca ainda que insistia até sair do que jeito queria. “Eu desmanchava quantas vezes fossem necessárias, até acertar. Acho que assim tem que ser a vida. Errou, volte de novo. Isso foi um ensinamento que tirei para minha vida. Se eu no artesanato errei e voltei, então vou fazer da minha vida também. Isso me dá uma paz tão grande, quando a gente começa a trabalhar parece que o mundo não existe. Não tem pensamento ruim, você melhora mentalmente espiritualmente, na vida. Eu tenho minhas horas, mas quando eu vou pro artesanato me acalmo. É meu tudo. Não precisa nem de remédio”, disse, afirmando ainda que incentiva outras pessoas a fazer artes.

Inspiração na mãe

As peças são feitas por encomendas. Hilda está sempre ocupada trabalhando com alguma encomenda da clientela. Ela destaca que agradece à mãe dela por inicialmente desde a infância ter feito as primeiras peças. “Foi tão importante o que minha mãe fazia, me dava uns batedores, agulha. Isso me furava, me cortava, mas queria aprender. Acredito que ela nunca imaginou que no futuro iria me fazer um bem tão grande. Quando estou fazendo meus trabalhos, me lembro dela. Se mamãe fosse fazer, ela ia fazer assim, mais bem feito. Se eu errasse, ela ia me cobrar para fazer melhor. Eu começo a pensar nela, lembrar como ela fazia. É muito bom”, complementou Hilda Pontes.

Para conhecer mais sobre o trabalho da Hilda, basta acessar o perfil @hilda.arte no Instagram.

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