Procedimento inédito foi chefiado pelo médico urologista Dr. Plínio Leandro
A nefrolitíase, popularmente conhecida como pedra no rim ou cálculo renal, é uma doença bastante comum e bem conhecida devido a seu quadro de dor intensa, o que leva o paciente a procurar seu médico assistente ou um pronto socorro para realizar o seu primeiro atendimento.
O número de casos existentes de cálculos renais é de 2-3% da população geral e a frequência de novos casos em países industrializados é de 0,5% – 1% ao ano. O risco vitalício de desenvolver cálculos renais com sintomas é de aproximadamente 13% em homens e 7% em mulheres. A probabilidade de um homem branco desenvolver cálculo até os 70 anos é de 1 em cada 8 pessoas.
Essa doença apresenta alta taxa de recidiva, podendo chegar a 80% ao longo da vida e sendo de até 50% em cinco anos. Pacientes portadores de cálculos e que não apresentam sintomas tornam-se sintomáticos em 50% em cinco anos.
Dor lombar (nas costas) intensa acompanhada de sangramento na urina, ânsia de vômito e até desmaios é o quadro de sintomas que o paciente pode apresentar numa crise aguda de cálculo renal. Algumas vezes, a depender do tamanho do cálculo, o paciente pode expelir o mesmo.
Muitos são os fatores de risco para desenvolver a pedra no rim, dentre eles sexo masculino, alterações anatômicas das vias urinárias, climas quentes, dieta com maior consumo de proteína animal e sal, baixa ingesta hídrica, sendentarismo e obesidade, fatores genéticos e familiares, distúrbios metabólicos, infecções de urina, doenças renais, uso de alguns tipos de medicamentos, dentre outros.
Todo paciente com pedra nos rins necessita passar por uma avaliação clínica com um médico Urologista e/ou Nefrologista e realizar alguns exames iniciais para que se defina a melhor forma de tratamento e prevenção.
Mas por qual razão é necessário tratar as pedras nos rins? Dentre os diversos motivos temos: mantém o rim saudável, evita a crise aguda de dor (famosa cólica renal) e livra de emergências como insuficiência renal aguda ou infecções renais graves.
Várias são as formas de tratamento e depende muito do tipo, tamanho e localização do cálculo renal. Medidas que vão desde a mudança no estilo de vida e dietéticas, uso de medicamentos e até mesmo cirurgia.
Os avanços técnicos e tecnológicos tem promovido mudanças significativas no tratamento dos cálculos urinários. Atualmente, sempre que possível, procura-se tratar os cálculos do trato urinário de maneira minimamente invasiva. Estas propiciam as seguintes vantagens: ausência ou cicatrizes muito pequenas, menor período de hospitalização, menos dor no pós operatório, menor período de convalescência, retorno mais precoce às atividades profissionais e melhor satisfação para o paciente.
Diante desse exposto, aqui na cidade do Iguatu, no dia 22 de junho de 2021, sob o comando de Dr Plínio Leandro e Dr Francinaldo Petrônio (Urologistas da região), foi realizada a primeira cirurgia minimamente invasiva para tratamento de cálculo renal da região centro sul. A cirurgia que ocorreu é denominada de nefrolitotripsia endoscópica a laser, onde ocorreu a fragmentação completa da pedra. A cirurgia foi um sucesso, o paciente não recebeu qualquer tipo de corte e recebeu alta hospitalar no mesmo dia.
Esse feito ocorreu no Hospital São Camilo do Iguatu, o qual, com toda sua excelência em recursos e estrutura, tem sido pioneiro em muitos tipos de tratamentos nas mais diversas especialidades, o que antes só era possível se o paciente procurasse assistência em grandes centros, como Fortaleza e região do Cariri.
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