IBOPE divulga nota para Iguatu sobre pesquisa interrompida da COVID-19

28/05/2020

Um grupo de dezesseis pessoas foi detido no município de Iguatu após tentarem aplicar testes de COVID-19 no dia 14 do mês de maio. A ação conjunta da Polícia Civil, Militar, Vigilância Sanitária e Demutran ocorreu após denúncias de que um grupo de pessoas estaria passando nas residências, tentando aplicar as testagens.

Nesta quinta-feira, 28, A IBOPE Inteligência (anteriormente Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) divulgou nota informando que o grupo pertencia a um estudo realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) a pedido do Ministério da Saúde em 133 cidades do País.

Apesar do município ter informado que nenhum comunicado foi repassado. O órgão por sua vez informou que enviou ofício aos gestores locais, com cópia às secretarias estaduais de Saúde, aos conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúdes (Conasems).

Confira a nota na íntegra

Esclarecimento à imprensa de Iguatu

São Paulo, maio de 2020 – O IBOPE Inteligência vem a público esclarecer os acontecimentos em sua tentativa de realizar uma pesquisa sobre COVID-19 com a população de Iguatu nos dias 14 e 15 de maio, quando nossas equipes que coletam os exames e os dados enfrentaram dificuldades na cidade.

O projeto EPICOVID19-BR foi submetido à apreciação ética da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), tendo sido aprovado no dia 28 de abril (CAFE 30721520.7.1001.5313). Trata-se de uma pesquisa coordenada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas e financiada pelo Ministério da Saúde, que tem por objetivo medir a prevalência do coronavírus e avaliar a velocidade de expansão da COVID-19 no país. Para a coleta de dados, foi contratado, via processo seletivo, o IBOPE Inteligência.

Na véspera das equipes irem a campo, o Ministério da Saúde enviou ofício aos gestores locais, com cópia às secretarias estaduais de Saúde, aos conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúdes (Conasems). Um aviso sobre sua realização foi estampado na capa do site do ministério. Além disso, os prefeitos das 133 cidades que participaram da primeira fase do estudo (Iguatu é uma delas) receberam um email com informações sobre como funciona o estudo e com a solicitação de garantia da segurança para nossas equipes, direito à livre circulação e apoio para descarte do lixo infectado. Embora o Ministério da Saúde tenha enviado ofício para as Secretárias de Saúde, em alguns casos aparentemente esses ofícios não chegaram ao conhecimento das autoridades locais, o que causou a paralisação da pesquisa, como ocorreu em Iguatu.

Esclarecemos que além de oficial e chancelado pelas principais autoridades sanitárias do país, o estudo é baseado em testes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e fornecidos pelo próprio Ministério da Saúde. Todos os pesquisadores são testados e só os negativados participam do trabalho de coleta dos dados. Para ingressar nas casas, eles vestem equipamentos de proteção individual com óculos, máscara, luvas, avental e proteção para os pés. Ao fim de cada visita, o material é descartado em sacolas plásticas próprias para este material.

O estudo consiste numa testagem por amostragem. Em cada cidade, os pesquisadores sorteiam o bairro, a residência e o morador que será submetido a um teste rápido. Após uma coleta de sangue na ponta do dedo, é aplicado um questionário sociodemográfico e respondem se apresentam sintomas da covid-19. O resultado do exame sai em 15 minutos. Se der positivo, todas as demais pessoas da casa também são testadas e colocadas em isolamento, com comunicado oficial às autoridades médicas. A partir dessa amostragem, é possível, medir quantas pessoas estão infectadas no país.

O estudo ainda prevê a realização de mais duas etapas nas próximas semanas, motivo pelo qual voltaremos à Iguatu, com apoio das autoridades locais, para realizar nova onda de entrevistas e testes. Os moradores de Iguatu que não forem selecionados para responderem a pesquisa também podem ajudar divulgando o estudo e evitando a disseminação de notícias falsas sobre a pesquisa.

Sobre o IBOPE Inteligência

Empresa dedicada ao conhecimento do comportamento das pessoas e de todas as suas relações: familiar, social, política, de consumo e de utilização de serviços. Especialista em soluções de pesquisa de opinião e mercado, off e online, quantitativas e qualitativas, geonegócios, inovação, data mining e ferramentas de análise e integração de dados. www.ibopeinteligencia.com

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