Faculdade São Francisco promove discussão sobre a viabilidade do ‘porto seco’ durante o III Simpósio Regional Interdisciplinar
Na quarta-feira, 5, a Faculdade São Francisco – FASC sediou uma mesa redonda para debater a possibilidade de instalação de um terminal de cargas, conhecido como ‘porto seco’, em Iguatu. O momento fez parte da programação do III Simpósio Regional Interdisciplinar, que abordou temas de Educação, Saúde e Ciências Humanas.
A ideia de um porto seco em Iguatu ganha destaque devido à passagem da empresa Transnordestina, que está em fase de obras na cidade. A localização estratégica de Iguatu, a 50 km da BR-116 e próxima aos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, fortalece seu potencial como ponto logístico central.
A mesa redonda, intitulada “Porto Seco em Iguatu: Viabilidade, Logística, Financiamento, Futura Demanda Profissional e Impactos Socioeconômicos”, reuniu especialistas de diversas áreas para discutir as múltiplas facetas desse projeto. Jaquelini de Souza: historiadora e professora da URCA-Iguatu, Kelvio Felipe dos Santos: economista e diretor-geral do IFCE campus Acopiara, Elenilton Lopes: empresário e representante do Nordeste no Conselho Administrativo da FENAPC, Antônio Carlos Alves da Silva: economista e Agente de Desenvolvimento do Banco do Nordeste do Brasil S/A, Marcos Ageu Medeiros Soares: engenheiro civil, estiveram presentes.
Discussões e propostas
O projeto, que está sendo elaborado pela coordenação do curso de Ciências Econômicas da Universidade Regional do Cariri (URCA), visa a definir as potencialidades e a viabilidade econômica para a instalação de um terminal intermodal em Iguatu.
A previa do projeto prevê que seria necessária a aquisição de um terreno de 30 hectares. A Transnordestina, que aguarda o documento neste mês de junho, já identificou quatro possíveis locais na cidade.
A mesa redonda destacou ainda a importância do envolvimento político e da mobilização da sociedade. Foram sugeridas audiências públicas pela Câmara de Vereadores de Iguatu e pela Assembleia Legislativa do Estado para discutir o projeto mais amplamente.
“A discussão sobre o terminal de cargas marcou um importante passo para a cidade, unindo esforços acadêmicos, empresariais e políticos. A instalação de um porto seco pode ser um divisor de águas para o desenvolvimento econômico da região, e os debates e estudos sobre o tema continuarão a ser fundamentais para sua concretização”, disse Jaquelini de Souza.
Impactos esperados
Um terminal de cargas em Iguatu é visto como um potencial transformador para a economia local, com impactos socioeconômicos comparáveis aos causados pela chegada da estrada de ferro em 1910. O diretor de ensino da FASC, José Roberto Duarte, ressaltou a relevância do debate: “Não podemos fugir das questões locais. O terminal logístico é um tema em voga, e trouxemos especialistas para discutir a viabilidade logística e os impactos socioeconômicos de um equipamento como esse”, disse.
A mobilização para a instalação do porto seco envolve a iniciativa privada, e a Vale Global Group já demonstrou interesse em investir na região. A aprovação e implementação do projeto podem gerar empregos, estimular o desenvolvimento econômico e melhorar a infraestrutura de Iguatu.
Simpósio
O simpósio, que envolveu os dez cursos da FASC (Administração, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Engenharia Civil, Farmácia, Fisioterapia, Filosofia, Odontologia, Psicologia e Nutrição) ofereceu uma semana repleta de palestras, debates e experiências enriquecedoras. O evento visou a conectar conhecimento e promover reflexões essenciais nas áreas de Educação, Saúde e Ciências Humanas, incrementando a profissionalização dos alunos.
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