A Associação Desportiva Iguatu – ADI garantiu sua permanência na elite do futebol cearense para a temporada de 2026. Após campanha abaixo das expectativas no Campeonato Cearense, no qual não conseguiu avançar às quartas de final, o Azulão do Centro-Sul precisou lutar no Quadrangular da Permanência para evitar o rebaixamento.
Na noite desta quinta-feira, 27, no estádio Morenão, o Iguatu enfrentou o Barbalha em um jogo decisivo.
Precisando apenas de um empate para assegurar sua vaga na primeira divisão estadual do próximo ano, a equipe começou bem e abriu 2 a 0 nos minutos iniciais. No entanto, sofreu o empate ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, voltou a ficar à frente no placar, mas novamente cedeu o empate. O 3 a 3 final garantiu ao Azulão sua quinta temporada consecutiva na elite do futebol cearense.
Desafio para 2026
Apesar da permanência, o Iguatu não assegurou vagas para competições nacionais via Campeonato Cearense, como a Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro. Isso significa que, a princípio, o clube terá apenas as competições estaduais no próximo ano, o que pode reduzir significativamente seu calendário de jogos e comprometer o planejamento esportivo e financeiro.
A solução para ampliar o calendário pode estar na Taça Fares Lopes, torneio disputado no segundo semestre e que garante ao campeão uma vaga na Copa do Brasil. Caso o Iguatu conquiste o título, asseguraria uma importante fonte de receita e visibilidade para a temporada de 2026.
Série D
Enquanto isso, a equipe agora volta suas atenções para a Série D do Brasileirão de 2024. Com início previsto para o dia 13 de abril, a competição será crucial para as pretensões do clube de alcançar a Série C e garantir um calendário mais robusto nos próximos anos. No Grupo A-2, o Iguatu terá como adversários Maracanã-CE, Sampaio Corrêa-MA, Maranhão-MA, Altos-PI, Parnahyba-PI, Tocantinópolis-TO e Imperatriz-MA. A final da competição está prevista para os dias 21 e 28 de setembro.
Desabafo
O único membro da diretoria a conceder entrevista após o jogo contra o Barbalha foi o ex-presidente e atual tesoureiro do clube Gabriel Uchôa. Ele reconheceu que a direção merece as críticas dos torcedores pela campanha abaixo do esperado no estadual e admitiu que o principal erro foi confiar excessivamente no trabalho do técnico Paulo Schardong, que iniciou a temporada. Uchôa também apontou a limitação técnica do elenco e ressaltou a necessidade de ajustes na programação e no planejamento para o restante do ano. “Nosso time está muito abaixo. Vamos fazer um time competitivo para a série D. Confiamos em uma filosofia que não funcionou. Creio que deveríamos ter um executivo de futebol, e isso fez muita falta. Demos uma estrutura financeira a atletas que não corresponderam”, afirmou.
O dirigente revelou que o clube tem uma dívida de R$ 100 mil e só prevê a entrada de recursos em maio, o que impacta o planejamento para a disputa da Série D. Mesmo diante das dificuldades, ele garantiu que a diretoria vai se reunir para reavaliar os próximos passos.
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