Iguatu registra ato em defesa da Educação

01/06/2019

Manifestantes de Iguatu e região participaram na manhã da quinta-feira, 30, de atos em protesto contra contingenciamento de verbas para a Educação, anunciado pelo Ministério da Educação (MEC).

Centenas de servidores municipais, professores, alunos e trabalhadores rurais percorreram as ruas da cidade. O ponto de concentração foi a Praça Demóstenes de Carvalho (Praça da Caixa). Eles saíram em caminhada por ruas e avenidas da cidade, usando carro de som e gritando palavras de ordem contra o governo com cartazes e faixas, finalizando na Praça da Matriz.

Entre os alunos presentes na manifestação, o pensamento foca o futuro. Este é o caso de Layla Raquel, 19 anos. Segundo ela, além de pensar no próprio futuro, a presença na manifestação visava defender o direito à Educação de gerações futuras. “Vejo com muita tristeza esses cortes. Sei da importância da Educação e como ela mudou minha vida. Se as pessoas tivessem mais empatia uns pelos outros, elas perceberiam que a Educação é importante para todos. Todo mundo precisa da Educação”, afirmou.

Representações sindicais também estiveram presentes nos atos. “Já tínhamos uma agenda de luta contra a reforma da Previdência e resolvemos somar à luta contra os cortes na Educação. Os cortes nas universidades tiram direito de toda a sociedade, então esse ato só vem a ganhar mais força com a atuação dos servidores, dos estudantes”, afirmou Wil Pereira, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores do Ceará) que esteve presente em Iguatu.

Entenda

Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o Governo Federal contingenciou R$ 5,1 bilhões da Educação. Dos R$ 5,8 bilhões cortados, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado. Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio. Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a Educação, mas manteve o corte anunciado em março.

MAIS Notícias

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *