Passados 33 dias de quando se registrou o primeiro caso de paciente diagnosticado com a Covid-19, vem se comprovando que a doença avança vertiginosamente na cidade de Iguatu. O município registra a média de 1,8 casos de coronavírus por dia. O número promete se acentuar ainda mais conforme se intensifica as testagens. Através do resumo quantitativo da Secretaria Municipal de Saúde, a reportagem fez o levantamento da linha de evolução do coronavírus em Iguatu desde o primeiro caso.
A cidade possui hoje 63 casos confirmados (atualização de sexta-feira, 08, às 20h). Entre a totalidade há 23 pacientes curados, desde quando foi contabilizado o primeiro paciente com o diagnóstico positivo divulgado no dia 05 de abril. Da comunidade rural, a idosa de 79 anos obteve cura após tratamento de 15 dias. Envolvendo testes rápidos, RT-PCR, e rede privada, o município já testou 339 pessoas.
Conforme o Secretário de Saúde, Georgy Xavier, a alta sistemática do número de confirmados se deve a dois fatores: o não comprimento do isolamento social e a intensidade nas testagens. “A população tem o seu papel fundamental no processo que é cumprir o distanciamento. Quando mais se testa, mais temos a noção do mapeamento da doença e como podemos referenciá-la. Sabemos que existe uma subnotificação. Mas as testagens nos dão uma aproximação da realidade”, explicou.
Letalidade
O óbito de 08 pacientes fez o município chegar a 12.7% de letalidade. O índice alterna conforme o número de pacientes positivados. Mas comparando a regiões como o Cariri, e em específico a cidade de Juazeiro do Norte, hoje em 8% e com o dobro da população, faz o município do Centro-Sul acender o sinal de alerta. Quando o recorte é fragmentado por gênero, mostra que a doença vem sendo mais letal para o sexo feminino. Um percentual de 62,5% das mortes são mulheres: cinco no total. Já 37.5% são homens perfazendo três da totalidade. A letalidade ocorreu sem disparidade entre as faixas etárias. Duas das mortes foram de pacientes entre 70 e 75 anos.
Óbitos
A primeira divulgação de óbito de paciente com Covid-19 em Iguatu aconteceu no dia 05 de abril, quando uma bebê de dois meses faleceu, ainda hoje a paciente mais nova no Brasil com o quadro. No dia 09 de abril, foi registrado o segundo óbito de uma paciente, uma mulher de 33 anos, do Sítio Retiro. A terceira morte envolveu a médica Lúcia Dantas Abrantes, 66, no dia 10 de abril. O quarto paciente foi empresário Edvane Matias, 55, no dia 13 de abril. O quinto falecimento envolveu um idoso de 74 anos residente no Sítio Timbaúba. O sexto óbito ocorreu no dia 27 de abril, uma idosa de 71 anos. A sétima e oitava morte ocorreram no dia 02 do mês de maio, com uma mulher de 21 anos da comunidade do Sítio Barra e um idoso de 75 anos, da sede do município.
Bairros
Mesmo com dados apresentados no mapa possuindo variações em suas coordenadas, visando a manter o anonimato, a reportagem fez um levantamento das regiões onde mais se acumulam os casos. Com o diagnóstico de pacientes confirmados, o Bairro Bugi, região nobre do município, é onde se concentra o maior número de pacientes acometidos com a doença; 10 no total, seguido do centro da cidade; com 08. As áreas mais periféricas como Conjunto Filadélfia, Cohabs e Vila Centenário registram juntas sete casos. Já os Bairros Prado e Alto do Jucá somaram quatro pacientes positivos. O Bairro Esplanada I e II possuem quatro positivados. As comunidades rurais também há confirmações, porém o gráfico não detalhou como a sede do município.
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